O
futuro influi no presente
da
mesma maneira que o passado
O PRESENTE É um estado tão difícil de ser alcançado que a
afirmação de Nietzsche não deveria nos chocar se analisássemos bem o que ele
está dizendo. Ninguém duvida de que o passado tem influência no que somos, pois
juntamente com nossa herança genética, constituímos o produto de nosso caminhar
pelo mundo.
No entanto, o futuro também nos
molda, pois tendo o passado nas costas, construímos o dia a dia de acordo com
os objetivos que estabelecemos para nós mesmos. O ideal seria fazer com que o
futuro não esteja muito distante de nossos atos – pois isso nos levaria ao
terreno da eterna fantasia – e cuidar para que o passado não seja uma carga
demasiado pesada.
Viver no passado às vezes pode se
transformar em uma doença, que apresenta dois sintomas mais evidentes:
·
Melancolia
recorrente. A evocação de bons momentos do passado pode ser uma
fonte de prazer, mas quando se torna um hábito, acabamos nos privando do
presente, que deveria ser a fonte de nossas lembranças futuras.
·
Rancor. Manter
abertas as feridas do passado impede que elas cicatrizem e não nos permite
desfrutar o que acontece aqui e agora. Além disso, o tempo tende a deformar o
acontecido e, às vezes, um episódio insignificante pode ganhar falsa
importância.