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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

As carícias e o iluminado


Chega de viver entre o medo e a raiva! Se não aprendermos a viver de outro modo, poderemos acabar com a nossa espécie.

É preciso começar a trocar carícias, a proporcionar prazer, a fazer com o outro todas as coisas boas que a gente tem vontade de fazer e não faz, porque “não fica bem” mostrar bons sentimentos! No nosso mundo negociante e competitivo, mostrar amor é… um mau negócio. O outro vai aproveitar, explorar, cobrar… Chega de negociar com sentimentos e sensações. Negócio é de coisas e de dinheiro – e pronto!

O pesquisador B. Skinner mostrou por A mais B que só são estáveis os condicionamentos recompensados; aqueles baseado na dor precisam ser reforçados sempre, senão desaparecem. Vamos nos reforçar positivamente. É o jeito – o único jeito – de começarmos um novo tipo de convívio social, uma nova estrutura, um mundo melhor.

Freud ajudou a atrapalhar, mostrando o quanto nós escondemos de ruim; mas é fácil ver que nós escondemos também tudo que é bom em nós: a ternura, o encantamento, o agrado em ver, em acariciar, em cooperar, a gentileza, a alegria, o romantismo, a poesia, sobretudo o brincar – com o outro. Tudo tem que ser sério, respeitável, comedido – fúnebre, chato, restritivo, contido…
Há mais pontos sensíveis em nosso corpo do que as estrelas num céu invernal.

“Desejo”, do latim de-sid-erio, provém da raiz “sid”, da língua zenda, significando “estrela”, como se vê em sideral, relativo às estrelas.

Seguir o desejo é seguir a estrela – estar orientado, saber para onde vai, conhecer a direção…

“Gente é para brilhar”, diz mestre Caetano.

Gente é, demonstravelmente, a maior maravilha, o maior playground e a mais complexa máquina neuromecânica do Universo conhecido. Diz o psicanalista que todos nós sofremos de mania de grandeza, de onipotência.

A mim parece que sofremos de mania de pequenez.

Qual o homem que se assume em toda a sua grandeza natural? “Quem sou eu, primo…” Em vez de admirar, nós invejamos – por não termos coragem de fazer o que a nossa estrela determina?

O medo – eis o inimigo.

O medo, principalmente do outro, que observa atentamente tudo o que fazemos – sempre pronto a criticar, a condenar, a pôr restrições – porque fazemos diferente dele. Só por isso.

Nossa diferença diz para ele que sua mesmice não é necessária. Que ele também pode tentar ser livre – seguindo sua estrela. Que sua prisão não tem paredes de pedra, nem correntes de ferro. Como a de Branca de Neve, sua prisão é de cristal – invisível. Só existe na sua cabeça. Mas sua cabeça contém – é preciso que se diga – todos os outros que, de dentro dele, o observam, criticam, comentam – às vezes até elogiam!

Por que vivemos fazendo isso uns com os outros – vigiando-nos e obrigando-nos, todos contra todos, a ficar bonzinhos dentro das regrinhas do bem-comportado – pequenos, pequenos? Sofremos de megalomania porque no palco social obrigamo-nos a ser, todos, anões. Ai de quem se sobressai, fazendo de repente o que lhe deu na cabeça… Fogueira para ele! Ou você pensa que a fogueira só existiu na Idade Média?

Nós nos obrigamos a ser – todos – pequenos, insignificantes, inaparentes, “normais” – normopatas diz melhor; oligopatas – apesar do grego- melhor ainda. Oligotímicos – sentimentos pequenos – é o ideal…

Quem é o iluminado?

No seu tempo, é sempre um louco delirante que faz tudo diferente de todos. Ele sofre, principalmente, de um alto senso de dignidade humana – o que o torna insuportável para todos os próximos, que são indignos.

Ele sofre, depois, de uma completa cegueira em relação à “realidade” (convencional), que ele não respeita nem um pouco. Ama desbragadamente – o sem vergonha. Comporta-se como se as pessoas merecessem confiança, como se todos fossem bons, como se toda criatura fosse amável, linda, admirável.

Assim ele vai deixando um rastro de luz por onde quer que passe. Porque se encanta, porque se apaixona, porque abraça com calor e com amor, porque sorri e é feliz.

Como pode, esse louco?

Como pode estar – e viver! – sempre tão fora da realidade, que é sombria, ameaçadora; como ignorar que os outros – sempre os outros! – são desconfiados, desonestos, mesquinhos, exploradores, prepotentes, fingidos, traiçoeiros, hipócritas…

Ah! Os outros… (fossem todos como eu, tão bem-comportados, tão educados, tão finos de sentimentos…) O que não se compreende é como há tanta maldade num mundo feito somente de gente que se considera tão boa. Deveras, não se compreende…

Menos ainda se compreende que de tantas famílias perfeitas – a família de cada um é sempre ótima – acabe acontecendo um mundo tão infernalmente péssimo.

Ah! Os outros… Se eles não fossem tão maus … como seria bom!

Proponho um tema para meditação profunda; é a lição mais fundamental de toda a Psicologia Dinâmica:

Só sabemos fazer o que foi feito conosco.
Só conseguimos tratar bem os demais se fomos bem tratados.
Só sabemos nos tratar bem se fomos bem tratados.
Se só fomos ignorados, só sabemos ignorar.
Se só fomos odiados, só sabemos odiar.
Se fomos maltratados, só sabemos maltratar.

Não há como fugir desta engrenagem de aço: ninguém é feliz sozinho. Ou o mundo melhora para todos ou ele acaba.

Amar o próximo não é mais idealismo “místico”de alguns. Ou aprendemos a nos acariciar ou liquidaremos com a nossa espécie.

Ou aprendemos a nos tratar bem – a nos acariciar – ou nos destruiremos.

Carícias … a própria palavra é bonita.
Carícias … olhar de encantamento descobrindo a divindade do outro – meu espelho!
Carícias … envolvência (quem não se envolve não se desenvolve!), ondulações, admiração, felicidade, alegria em nós – eu e os outros.

Energia poderosa na ação comum, na co-operação. Na co-munhão.

Só a união faz a força – sinto muito, mas as verdades banais de todos os tempos são verdadeiras – e seria bom se a gente tentasse fazer o que essas verdades nos sugerem, em vez de, críticos e céticos e pessimistas, encolhermos os ombros e deixarmos que a espécie continue, cega, caminhando em velocidade uniformemente acelerada para o Buraco Negro da aniquilação.

Nunca se pôde dizer, como hoje: ou nos salvamos – todos juntos – ou nos danamos – todos juntos.

By Dr. José Ângelo Gaiarsa.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

domingo, 14 de outubro de 2012

Nei Lisboa - Nem por força





Nem por força do diabo
Eu volto a vegetar
Nessas malditas esquinas
Na pressa de te encontrar

Chega de se olhar no espelho
Antes de sair
Chega de medir alturas
Antes de cair
Cair do céu por dez migalhas de pão
Não vale o coro dos contentes não
Que aí me atiro das marquises no chão
E ainda se dirão felizes

Enquanto a estrada ensina-me a viver
E essa vertigem de emoção
Pouco tempo falta pra esquecer
Pouco tempo falta pra esquecer

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Reminiscências (*) 9 - Resquícios


Tempo que passa,
que te afasta.
Tempo que sem drama,
com trama, te engana!

Tempo que gera saudade,
que esconde a verdade...
só revela maldade.

Tempo que nada sabe!
Tempo que arde,
que apenas espelha...
Crueldade ou realidade?
06.10.12 às 10:25h




(*) Segundo Platão, "lembrança do que a alma contemplou em uma vida anterior, quando, ao lado dos deuses, tinha a visão direta das idéias."

sábado, 6 de outubro de 2012

Nei Lisboa - Faxineira Fascinante

Gravado ao vivo no Teatro do Bourbon Country em 05 de outubro de 2012
Showmício pelas Diretas nos Tribunais promovido pela AMATRA IV

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Simply Red - Stars




Qualquer um que já tenha abraçado você
Lhe diria como estou me sentindo
Qualquer um que já tenha desejado você
Tentaria lhe dizer o que sinto por dentro

A única coisa que eu sempre quis
Era a impressão de que você não está fingindo
O único em que você nunca pensou

Espere um minuto, você não percebe?
Que eu
Quero cair das estrelas
Direto nos seus braços?
Eu, eu sinto você
Espero que compreenda.

Para o homem que tentou feri-la
Ele está explicando como me sinto
Pois todo o ciúme que eu lhe causei
Demonstra o porquê estou tentando me esconder
Quanto a todas as coisas que você me ensinou
Envia meu futuro nas dimensões mais claras
Você nunca saberá o quanto me feriu

Fique um minuto, você não percebe?
Que eu
Quero cair das estrelas
Direto nos seus braços?
Eu, eu sinto você
Espero que compreenda.

Corações demais estão partidos
Uma promessa de amor nunca vem com um “talvez”
Tantas palavras não foram ditas
As vozes silenciosas estão me deixando louco
Depois de toda a dor que você me causou
Fazer as pazes nunca seria a sua intenção
Você nunca saberá o quanto me feriu

Fique, você não percebe?
Que eu
Quero cair das estrelas
Direto nos seus braços?
Eu, eu sinto você
Espero que compreenda.

Fique, você não percebe?
Que eu
Quero cair das estrelas
Direto nos seus braços?
Eu, eu sinto você
Espero que compreenda.

A História de Sofia - Filme da Panvel


Ontem assisti a um comercial na televisão, em horário nobre, que me comoveu profundamente. De ficar com lágrimas nos olhos. 
Quem não teve esta oportunidade, que assista então agora.
De tocar o coração de qualquer um...

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Reminiscências (*) 8


Quando penso demais e nem quero pensar.
Faço besteiras e não sei por quê.
Bebo muito qdo não devia beber.
Porque atrapalha minha volta à vc (a viver).
19.09.12 às 20:03h


Quando penso mais do que quero pensar.
Faço tantas coisas que não deveria fazer.
Penso mais do que meu próprio saber.
Pois isso me leva de volta a viver.
20.09.12 às 22:00h



Quando fico pensando se deveria pensar.
Faço quase nada que planejava fazer.
Provoco pessoas sem mesmo querer.
Me agito demais com meu próprio sofrer.
02.10.12 às 14:06h






E da sinceridade... à toda prova!!!

Resultando ou não em mágoas

Libertando ou não o parceiro

Rompendo ou não o... contrato

Mas aquela que comprova

Que foi tudo ou nada certeiro!!!
30.09.12 às 01:05h



Meus sentimentos,
Eu expresso em versos para alguém
Que amei e amo muito
Longe de qualquer desdém.

Com paciência tenho ciência, 
de ser algo impossível,
oriundo de algo fortuito, 
sendo eterno incorrigível!!!
30.09.12 às 03:08h




(*) Segundo Platão, "lembrança do que a alma contemplou em uma vida anterior, quando, ao lado dos deuses, tinha a visão direta das idéias."