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terça-feira, 6 de dezembro de 2022

PERDER UM CÃO PODE SER TÃO DIFÍCIL QUANTO PERDER UM FAMILIAR

Qualquer pessoa que já tenha tido um cão e amado ele com todo seu coração saberá que eles são nossa família. Mas, infelizmente, ao contrário dos nossos familiares humanos, os cães tem uma vida bem mais curta.

Algumas pessoas se referem aos cães como “é apenas um cão”, ou então sugere que ele seja substituído por outro, como se fosse substituível. O que essas pessoas não percebem é que perder um cão é muito difícil, é uma dor tão forte que chega a ser semelhante ou até pior que a dor de perder um familiar.

A pesquisa científica prova que a dor que uma pessoa sente depois de perder um cão é válida e real. Por mais absurdo que possa parecer, a verdade é que quem ama os animais profundamente pode realmente sentir muito mais a dor da perda do seu cão do que a perda de algum parente.

Mas porque é mais difícil ultrapassar a perda de um animal de estimação em comparação com a morte de um humano?

A resposta é simples: é porque não existe uma forma “aceitável” de lamentar essa perda.

Enfrentar a perda de um ente querido é muito mais palpável. Temos outros familiares, amigos, toda uma estrutura que pode nos ajudar a seguir em frente.

Já quando o seu amado cão morre, espera-se apenas que “o deixe ir” e “esqueça”. As pessoas ao nosso redor dificilmente entendem o que aquele animalzinho significava pra nós, e querem que você coloque um sorriso no rosto e finja que nada demais aconteceu – pois pra eles realmente nada demais aconteceu. É difícil avançar depois deste tipo de perda simplesmente porque não há muitos recursos que o possam ajudar a fazê-lo.


APESAR DISSO, LEMBRE-SE QUE SEUS SENTIMENTOS SÃO VÁLIDOS

Não deixe que apaguem esse amor que você sente pelo seu animal. Não deixe que passem por cima da dor que está sentindo. Viva ela, entenda ela, e valorize ela. Pois se dói agora, é por que valeu a pena um dia. A saudade será eterna, mas as lembranças sempre serão boas.

#Melissa_no 💖 



Texto originalmente publicado em pt.everydaytale 
e adaptado pela equipe do blog Educadores.

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

R.I.P. Melissa


"Humano, vejo que estás chorando porque parti.

Não chores, por favor, quero te explicar algumas coisas.

Tu estás triste porque eu fui embora, e eu estou feliz porque te conheci.

Quantos como eu morrem diariamente sem ter conhecido alguém especial?

Os animais às vezes passam tanto tempo sozinhos a nossa própria sorte.

Só conhecemos o frio, a sede, o perigo, a fome. Temos que nos preocupar em como conseguiremos algo para comer e onde passaremos a noite protegidos. Vemos muitos rostos todos os dias, que passam sem nos olhar, e às vezes é melhor que nem nos vejam, antes de se darem conta que estamos aqui e nos maltratem.

Às vezes temos a enorme sorte que entre tantas pessoas passe um anjo e nos recolha.

Às vezes, os anjos vêm e são organizados em grupos, às vezes há outros anjos longe e enviam muita ajuda para nós. E isso muda tudo. Se necessário nos levam a outro tipo de anjo que sabem muito, e nos dão remédios para nos curar.

Nos escolhem uma palavra que pronunciam cada vez que nos veem. Um NOME. Eu acho que o que você diz, é que somos "especiais", deixamos de ser anônimos, para ser um de muitos, e um de vocês.

E conhecemos o que é um lar! Você não tem ideia de como isso é importante para nós? Nós já não temos que ter medo nunca mais, não temos mais fome, ou frio, ou dor, ou perigo.

Se você pudesse calcular o quão feliz que nos faz. Para nós qualquer casa é um palácio! Nós já não nos preocupamos se vai chover, se vai passar um carro muito rápido ou se alguém vai nos ferir. E, principalmente, não estamos sozinhos, porque nenhum animal gosta de solidão, o que mais se pode pedir?

Eu sei que te entristece a minha partida, mas eu fui agora.

Quero te pedir que não se culpe por nada; te ouvi soluçar que deveria ter feito algo mais por mim.

Não diga isso, fez muito por mim! Sem você não teria conhecido nada da beleza que carrego comigo hoje.

Você deve saber que nós, animais, vivemos o presente intensamente e somos muito sábios: desfrutamos de cada pequena coisa de cada dia, e esquecemos o passado ruim rapidamente. Nossas vidas começam quando conhecemos o amor, o mesmo amor que você me deu, meu anjo sem asas e duas pernas.

Saiba que mesmo se você encontrar um animal que está gravemente ferido, e que só lhe resta apenas um pouquinho de tempo neste mundo, você presta um enorme serviço ao acompanhá-lo em sua transição final.

Como te disse antes, nenhum de nós gosta de estar só, menos ainda quando percebemos que é hora de partir.

Talvez para você não seja tão importante, que um de vocês esteja ao nosso lado nos acariciando e segurando a nossa pata, nos ajuda a ir em paz.

Não chores mais, por favor. Eu vou feliz. Tenho na lembrança o nome que você me deu o calor da sua casa que neste tempo se tornou minha. Eu levo o som de sua voz falando para mim, mesmo não entendendo sempre o que me dizia.

Eu carrego em meu coração cada caricia que você me deu.

Tudo o que você fez foi muito valioso para mim e eu agradeço infinitamente, não sei como dizer a você, porque eu não falo sua língua, mas certamente em meus olhos pôde ver a minha gratidão.

Eu só vou pedir dois favores. Lave o rosto e comece a sorrir.

Lembre-se que bom que vivemos juntos estes momentos, lembre-se das palhaçadas que fazia para te alegrar.

Reviva como eu todo o bem que compartilhamos neste tempo.

E não diga que não adotará outro animal porque você tem sofrido muito com a minha partida. Sem você eu não viveria as belezas que vivi.

Por favor, não faça isso! Há muitos como eu esperando por alguém como você.

Dê-lhes o que você me deu, por favor, eles precisam assim como eu precisei de ti.

Não guarde o amor que tens para dar, por medo de sofrer.

Siga o meu conselho, valorize o bem que compartilha com cada um de nós, reconhecendo que você é um anjo para nós os animais, e que sem pessoas como você a nossa vida seria mais difícil do que às vezes é.

Siga a sua nobre tarefa, agora cabe a mim ser o seu anjo.

Eu estarei te acompanhando você no seu caminho e te ajudarei a ajudar os outros como eu.

Eu vou falar com outros animais que estão aqui comigo, vou lhes contar tudo o que você tem feito por mim e eu vou apontar e dizer com orgulho: "Essa é a minha família".

Hoje à noite, quando você olhar para o céu e ver uma estrela piscando quero que você saiba que sou eu piscando um olho; avisando a você que cheguei bem e dizendo-lhe "obrigado pelo amor que você me deu".

Eu me despeço agora não dizendo "adeus", mas "até logo".

Há um céu especial para pessoas como você, o céu para onde nós vamos e a vida nos recompensa tornando a nos encontrar lá.

Eu estarei te esperando!"

(autor desconhecido)


#Melissa_no 💖

 

domingo, 25 de setembro de 2022

Reminiscências (*) 29

AMOR NÃO TEM IDADE

Floresce assim de repente

Evanesce igualmente

Deixando-nos saudade


AMOR NÃO TEM IDADE

Rejuvenesce-nos anos a fio

O que nos leva a elaborar planos

Que cremos serem verdade


AMOR NÃO TEM IDADE

Enche-nos de esperanças

Transforma-nos em crianças

Inocentes sem maldade


AMOR NÃO TEM IDADE

Carece de sinceridade,

reciprocidade e de lealdade

Isento de qualquer vaidade


AMOR NÃO TEM


(*) Segundo Platão, "lembrança do que a alma contemplou em uma vida anterior, quando, ao lado dos deuses, tinha a visão direta das ideias”

domingo, 28 de agosto de 2022

O MAIS INTERNACIONAL DOS TIMES NACIONAIS

 SEMIFINAL CAMPEONATO BRASILEIRO 1975

FLUMINENSE 0 x 2 INTERNACIONAL

Texto maravilhoso escrito por um torcedor do Fluminense, sobre um partidaço ocorrido no Estádio do Maracanã em 7 de dezembro de 1975, vencida pelo Inter e que marcou a semifinal do Campeonato Brasileiro daquele ano.

O MAIS INTERNACIONAL DOS TIMES NACIONAIS

A festa estava armada. O domingo já anunciava o fim da primavera e antecipava aceleradamente o verão para o biênio 75/76: este seria vibrante! E nada melhor como receber a chegada do verão, vestido com a faixa de campeão brasileiro novamente. Articulamos, logo após a quarta feira anterior quando aniquilamos um dos postulantes ao título, como seria a derradeira movimentação rumo ao título do então Campeonato Nacional. Seria nosso segundo oficial, visto que meia década antes havíamos conquistado o torneio Roberto Gomes Pedrosa, a Taça de Prata como este era conhecido. Dávamos como certa a participação na grande decisão. Nada nos impediria. Nenhum time nacional poderia interpor-se entre nós e o título de campeão. Nenhum!

Esquecemo-nos que nem só de ‘nacionais’ era composta a tabela de times participantes do campeonato.

“ - Não se esqueça do pó de arroz, Palhaninho”, gritava ao telefone meu amigo Ferreira quando pela manhã nos falamos e planejávamos os apetrechos para a grande partida. Jair, mais conhecido como ‘Ezequiel – O Profeta’, vaticinava que sairíamos roucos do Maracanã de tanto que comemoraríamos os gols que ‘A Máquina’ produziria em escala industrial. ‘Mickey’, apelido do meu querido amigo Zé Carlos Morelli, lembrava-nos que cinco anos antes o gol que nos dera o título de campeão brasileiro havia sido marcado pelo artilheiro de nome igual a sua alcunha, e que fora em razão deste gol que ele recebera o apelido, pois passara a pedir, nas partidas de futebol disputadas no campo do Clube Confiança a partir de então, que cruzassem a bola igual a que fora cruzada na partida do título para que ele pudesse repetir o mergulho que Mickey, o jogador autor do gol do título, dera. E cabeceando magistralmente a bola, colocou-a para dentro da rede adversária dando-nos o desejado título de campeão. Não haveria surpresa: o título nacional seria nosso! Já tinha dono.

Esquecemo-nos que nem só de ‘nacionais’ era composta a tabela de times participantes do campeonato.

Concentramo-nos em minha casa. Perto do estádio e com amplo quintal, exercitávamos o desfraldar das bandeiras em ritmado balé da vitória enquanto sorríamos a ostentação da certeza que denuncia os vencedores, numa clara preparação da marcha que faríamos até o grande templo, o Estádio Mario Filho, o Maracanã de tantas glórias vividas por nós, ainda jovens torcedores mas já acostumados aos entorpecentes efeitos das conquistas. Não nos importava que o adversário, em jogo realizado em seu campo, aplicara-nos uma vitória límpida e insofismável; talvez a única deste porte em todo decorrer do campeonato. Comentei com Evandro, mais sensato que os demais:

“ - O time deles impõe respeito. Tem jogadores de alto nível. E um deles conhecemos bem”. Referia-me ao ponta esquerda Lula. Durante 6/7 temporadas defendera nossas cores, fora nosso mais destemido aliado, autor de jogadas que geraram gols nas finalizações por nossos atacantes bem como gols feitos diretamente, inclusive o que nos deu a conquista de um campeonato. Conhecíamos bem seus dotes, o que me preocupava até porque no comando do ataque outro ex-tricolor, Flávio Minuano. Juntos nos deram muitas, muitas vitórias. Agora estariam contra nós. Coisas da vida, do destino. Aliados aos grandes jogadores que compunham a equipe adversária, goleiro, zagueiro e meio-campistas tínhamos que não imaginar logro fácil e nos preparar para uma partida ‘osso duro de roer’.

Evandro não discordou, olhou para mim sério e torcendo os lábios em clara manifestação de apreensão deixou escapar que só a presença de craques não daria a vitória a nenhum dos dois times. Esta viria com a apresentação de um componente acima das capacidades individuais dos grandes jogadores; acima da experiência dos outros consagrados por conquistas históricas; acima da voluntariedade heroica de outros jogadores. Ela, a vitória, a conquista da vaga para a grande final viria em um item até então pouco utilizado em nossa cultura na prática de esportes coletivos: viria da união entre o virtuosismo, a sagacidade empírica e a determinação. Viria da solidariedade!

Embora concordássemos nos cuidados, confiantes éramos na certeza da conquista. Já havíamos decifrado, acreditávamos, as armadilhas que nos impuseram na derrota sofrida quando lá, nas terras do adversário, estivemos. E a certeza que nenhum time ‘nacional’ tinha competência para nos vencer, sedimentava-se.

Esquecemo-nos que nem só de ‘nacionais’ era composta a tabela de times participantes do campeonato.

O jogo foi dos mais maravilhosos que assisti em toda minha vida. Parecia que estávamos em um grande festival de música com orquestras harmoniosamente ensaiadas; de dança, onde os dançarinos flutuam sobre o palco; de declamação de poesia, com poetas que nos enternecem a alma com seu lirismo, tal qual a qualidade dos atores envolvidos na apresentação daquela belíssima partida de futebol. Aos poucos a confiante torcida, por mim e meus compadres, passou a não ser tão confiante assim, como era no início do jogo. Impossível não ser contagiado pelo futebol daquele adversário que jogava ao som harmonioso ao tocar na bola, com passos de valsa ao trocarem de posições em suas jogadas tão ensaiadas e finalizarem ao gol com a poesia dos sonetos ritmados.

Tentavam nossos jogadores acompanhar a performance que exibiam nossos adversários mas, talvez tão embevecidos, como nós torcedores, assistissem encabulados, tímidos em tentar o que viam com excelência ser praticado pelo adversário. Era apenas a componente que ditaria o curso do vencedor: a solidariedade.

Nossos jogadores eram virtuosos, experientes e determinados; mas de forma isoladas, sem elo.

Dois gols assistimos eu, meus compadres e todos os demais, quase 100 mil pessoas. Hoje, plateia impensável; lá, ainda pouco pelo que o mais internacional de estádios nacionais mundo afora poderia receber. Dois gols em verdadeiros conjuntos de virtuosismo, experiência e determinação; dois gols que nos fizeram lembrar que nenhum time entre todos os ‘nacionais’ poderia nos vencer; dois gols sendo o primeiro de Lula, justo Lula!; dois gols que nos fizeram lembrar que nem só de times ‘nacionais’ era composta a tabela de times participantes do campeonato: havia um time Internacional! 

Havia um Internacional para desfilar na passarela, no campo do mais internacional dos estádios de futebol. E havia um time que não poderia ser outro qualquer a ser o coadjuvante desta apresentação. Um time que protagonizava qualquer outra apresentação, mas que reconhecia a presença do Internacional, adversário naquela tarde de domingo já perto do final da primavera, que trazendo o calor e o brilho do sol de verão mantinha a beleza das flores primaveris.

“ - Palhaninho, por que não estou triste com a derrota?”

“ - Porque não fomos derrotados” disse de forma plácida a meu amigo Ferreira. “As derrotas pertencem aos que, perante os fracos, não os superam. Enfrentamos uma força superior. E o fizemos com legítima propriedade. Enfrentamos uma força Internacional!”

Assistimos no domingo seguinte a consagração deste Internacional. O vencedor do campeonato nacional de futebol possuía a internacionalidade de sê-lo”.

Álvaro Palhano de Jesus




terça-feira, 2 de agosto de 2022

Sugestões para atravessar Agosto


“PARA ATRAVESSAR AGOSTO é preciso paciência, fé e não fé.

Paciência para cruzar os dias sem  se deixar esmagar por eles, mesmo que nada aconteça de mau;

Fé para estar seguro, o tempo todo, que chegará setembro e

Não-fé para não ligar a mínima, às negras lendas deste mês de cachorro louco.

Também é necessário reaprender a dormir. 

Dormir muito, com gosto, sem comprimidos, de preferência também sem sonhos. 

São incontroláveis os sonhos de agosto:

se bons, deixam a vontade impossível de morar neles; 
se maus, fica a suspeita de sinistros augúrios, premonições. (...)”

Caio Fernando Abreu


quinta-feira, 7 de julho de 2022

AZAR x SORTE x INCOMPETÊNCIA



No vídeo abaixo, selecionamos algumas jogadas inusitadas, fantásticas, enfim, diríamos até bizarras, de futebol, que julgaríamos impossíveis de acontecer.

Mas aconteceram!!! E se não víssemos, não acreditaríamos...



 

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Seleção Gaúcha 3 x 3 Seleção Brasileira 1972 - 50 Anos

Não estou entendendo nada. Estou em outro país?”, questionou o atacante Paulo César Caju para Valdomiro durante o amistoso entre a Seleção Gaúcha e a Seleção Brasileira, no Beira-Rio, realizado em 17 de junho de 1972 e que até hoje detém o recorde de público no Beira Rio: mais de 110 mil pessoas, com 106.554 pagantes.

Foi um dos poucos momentos na história de mais de cem anos da rivalidade da Dupla Gre-Nal que as duas torcidas se uniram em torno de uma causa.

Os gaúchos contavam com jogadores apenas da dupla Gre-Nal, entre eles o uruguaio Ancheta, o chileno Figueroa e o argentino Oberti.

Durante a execução do Hino Nacional, uma sonora vaia foi ouvida no Beira-Rio. “Ninguém nunca imaginou em ver aquelas cenas. Todo o estádio torcendo contra o time campeão do mundo apenas dois anos antes. Acho que é o único lugar do mundo onde aquela equipe foi vaiada”, recorda o lateral da Seleção Gaúcha, Valdir Espinosa, hoje com 71 anos. “Até os jogadores da Seleção Brasileira estavam admirados com o que viam no estádio”, destaca.

“Durante a partida, foi engraçada a reação dos jogadores do Brasil”, lembra Valdomiro, que recorda mais da expressão assustada de Paulo César Caju: “Ele a todo momento nos dizia que não estava no Brasil, e que estranhava ver um estádio com cem mil torcedores, cem mil bandeiras gaúchas e nenhuma brasileira”, recorda. Ao fim do jogo, Caju chegou nos microfones e disparou: “Devolvam meu passaporte. Quero voltar para o Brasil”.

Nos 90 minutos, a Seleção Gaúcha esteve sempre na frente. Fez 1 a 0 com Tovar. O Brasil empatou com Jairzinho. Carbone fez 2 a 1 para os gaúchos, mas Paulo César Caju igualou de novo. Aí Claudiomiro marcou o terceiro dos sulistas e Rivellino decretou o empate final. Os gaúchos atuaram com Schneider; Espinosa, Figueroa, Ancheta e Everaldo; Carbone, Tovar e Torino; Valdomiro, Claudiomiro e Oberti (Mazinho). O Brasil jogou com Leão (Sérgio); Zé Maria, Brito, Vantuir e Marco Antônio; Clodoaldo, Piazza e Rivelino; Jairzinho, Leivinha e Paulo César Caju.

E eu estava lá...


Moro Herói???

 "Doutor, hoje sou eu quem está sendo massacrado.

Amanhã será o senhor." (Lula a Moro)


Abaixo um pot-pourri com duas canções (paródias) feitas em especial para o Moro (herói dos patos otários).





segunda-feira, 6 de junho de 2022

BARBOSA - Condenação Eterna

Estamos novamente em ano de Copa do Mundo e, por isso, trago aqui um curta gaúcho dirigido por Jorge Furtado onde ele volta no tempo para retratar uma das maiores injustiças já cometidas a um jogador de futebol, sumariamente condenado pela perda de um título. O grande goleiro da Seleção Brasileira: BARBOSA.

"Que eu tenha como vivente, acho que nunca houve um silêncio maior que aquele que eu vi. Com 200 e tantas mil pessoas  em silêncio. Acho que nem se morresse um presidente não teria tido aquilo. Não digo que o Brasil morreu, mas que passou uma tarde fúnebre, passou! Disso não tenha dúvida. Eu senti na própria carne. Essa é uma realidade: o Brasil silenciou. Silenciou mesmo! Só acordou no dia seguinte com o pesadelo (na derrota da Copa do Mundo de 1950).” Barbosa

Perguntado se acha intimamente que cumpriu 30 anos de pena?

Eu acho que sim! 30, não, porque até hoje eles falam. Então foi mais de 30 (anos). São 44 anos! Eu tenho direito de, pelo menos, dormir tranquilo”Barbosa.


sexta-feira, 6 de maio de 2022

Ejaculou...??? Justiça decide: esperma é propriedade da mulher!

Usar esperma para engravidar sem autorização do homem não caracteriza roubo, porque “uma vez ejaculado, o esperma se torna propriedade da mulher”.


O entendimento é de uma corte de apelação em Chicago, nos Estados Unidos, que devolveu uma ação por danos morais à primeira instância para análise do mérito.


Nela, o médico Richard Phillips acusa a colega Sharon Irons de “traição calculada, pessoal e profunda” ao final do relacionamento que mantiveram durante seis anos. Sharon teria guardado o sêmen de Richard depois de fazerem sexo oral, e usado o esperma para engravidar.


Richard Phillips alega ainda que só descobriu a existência da criança quando Sharon ingressou com ação exigindo pensão alimentícia. Depois que testes de DNA confirmaram a paternidade, o médico processou Sharon por danos morais, roubo e fraude.


Os juízes da corte de apelação descartaram as pretensões quanto à fraude e roubo afirmando que “a mulher não roubou o esperma”. O colegiado levou em consideração o depoimento da médica. Ela afirmou que quando Richard Phillips ejaculou, ele entregou seu esperma, deu “de presente”.


Para  o tribunal, “houve uma transferência absoluta e irrevogável de título de propriedade já que não houve acordo para que o esperma fosse devolvido”.


Agora é oficial:

Os homens não mandam em PORRA nenhuma!!!

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Nei Lisboa Ruby Tuesday Legendado Inglês e Português Ao Vivo

Ruby Tuesday (The Rolling Stones) faz parte do CD de Nei Lisboa intitulado “Hi-Fi”, trabalho este gravado ao vivo em junho de 1998, no Theatro São Pedro (Porto Alegre).

Ele reúne um repertório de catorze canções dos anos 70 de músicos como Lennon & McCartney, Bob Marley, Paul Simon, Prince, Elton John, entre outros. São releituras acústicas de clássicos como Sometimes It Snows in April, Fifty Ways to Leave Your Lover, Norwegian Wood, I Shot the Sheriff interpretados pelo Nei (violão e voz) e Paulinho Supekóvia (violão e vocais). 




domingo, 24 de abril de 2022

OLÍVIO x FORD

Caso Ford/RS?.... Entenda o caso, para não ser demagogo nos comentários contra o Bigodudo!!!! Este é Gaúcho de Verdade...

A FORD não ficou no sul, porque queria dar o Golpe do vigário no Olívio Dutra, ex-governador do Estado e ex-prefeito da Capital, carregou por uma década e meia o fardo da acusação de ser o homem que teria atrasado o progresso do Rio Grande do Sul quando estava à frente do Palácio Piratini. “Mandou a Ford embora”, diziam seus adversários políticos, ao mencionarem o episódio da tortuosa negociação entre a gigante automotiva e o governo empossado em 1999.

Hoje, pressionada pela possibilidade de uma decisão contrária a seus interesses, a empresa aceitou fazer um acordo judicial para devolver R$ 216 milhões aos cofres gaúchos, definindo um desfecho notável para uma das histórias políticas mais polêmicas dos últimos anos no Rio Grande do Sul, sobre a qual o próprio ex-governador faz revelações em entrevista ao Correio do Povo.                                   (Renato Sousa)


CP: Como foi quando o senhor chegou no Piratini e deparou com esse contrato como estava posto para o Estado?

Olívio Dutra: Bueno, temos que lembrar que nós fizemos uma campanha na eleição, com uma afirmação constante de um projeto que queria recuperar o Estado para suas funções básicas. Não um Estado mínimo, nem um Estado máximo. Mas um Estado não fatiado pelos interesses privados. Um Estado sob o controle público. Esse foi o mote da nossa campanha. Nós sabíamos que o dinheiro público é escasso. E sendo escasso ele não pode ir para quem menos precisa.


CP: O que era problema na negociação entre a Ford e o Estado?

Olívio Dutra: Havia dois grandes problemas. O primeiro era a renegociação da dívida que retirou do Estado fontes importantes para geração do desenvolvimento. Ora, então, se não tinha recursos para essas coisas básicas, fundamentais, como é que nós iríamos passar para a indústria automotiva o que havia sido tratado com o governo anterior. Por isso, nós tratamos de chamar as empresas que se instalavam no estado, General Motors e Ford, para conversar. Passamos, no primeiro mês, recursos enormes. No segundo, não tinha de onde tirar. Se o Estado não tem esses recursos que foram acordados pelo governo anterior, vamos tratar outros termos, porque nos interessa, sim, a presença da indústria, mas não naqueles termos.


CP: Quais termos?

Olívio Dutra: Eram 29 ou 30 cláusulas no contrato. Uma delas era a obrigação da Ford com o Estado. As demais todas eram obrigações nossas com a Ford. O Estado tinha que fazer praticamente tudo, no entorno, repassando recursos que não teria. Não dava para dar cumprimento àquilo que o Estado não podia suportar. A GM aceitou conversar.


CP: A Ford, não?

Olívio Dutra: Havia algo estranho. A Ford mantinha tratativas com as pessoas do governo anterior. Tinha apoios na Assembleia Legislativa, de representantes que faziam nossa oposição. Da bancada gaúcha na Câmara federal. Da União. Era um ambiente político muito adverso à execução do projeto que nos levou a ganhar a eleição. Mesmo assim, fomos dizendo: temos que renegociar. Nós mantivemos firmeza, mas não se propuseram a mexer em nada, enquanto que a General Motors possibilitou uma redução de mais de R$ 100 milhões para sua permanência. A Ford tinha um certo desprezo pelo governo eleito.


CP:: Na sua visão, ocorreu um choque entre as concepções de projetos?

Olívio Dutra: Evidentemente, tem diferença entre concepções. Nós tínhamos uma concepção de desenvolvimento que não é com base num único ramo de produção. Era pela diversificação da base produtiva, valorização das vocações locais e regionais, das micro, pequenas e médias empresas, distribuídas no espaço econômico, geográfico, social e político do Rio Grande.


CP: Essa colisão de concepções ocasionou prejuízos para o Estado?

Olívio Dutra: O Rio Grande cresceu acima da média nacional nos quatro anos de governo da Frente Popular. Isso está nos registros da Fundação de Economia e Estatística.


CP: Quando a instalação da Ford foi anunciada pelo governo da Bahia, como foi a reação das pessoas no seu governo? O senhor temeu que fosse ainda mais criticado?

Olívio Dutra: Nunca pensei nisso. Ora, convenhamos. Na verdade, era uma disputa entre o então governador aqui, outros governadores do mesmo partido e do próprio presidente da República para ver quem dava mais favores para esses grupos. Existia um acordo para a instalação dessas empresas na região do Mercosul, envolvendo Brasil e Argentina. Fernando Henrique Cardoso rompeu unilateralmente esse acordo e estendeu esse território que era delimitado, levando para o Nordeste, com mais vantagens para a Ford do que ela já tinha absurdamente conseguido com o governo anterior no Rio Grande do Sul. Ir para a Bahia? Tudo bem. Que bom. É o desenvolvimento do Brasil, não é?


CP: Em nenhum momento o senhor considerou isso como uma perda?

Olívio Dutra: Não foi o Rio Grande que perdeu a Ford. Foi a Ford que perdeu o Rio Grande. O Estado se desenvolveu acima da média nacional sem a Ford. A General Motors ficou, com a redução de mais de R$ 100 milhões para sua permanência. Os executivos da GM, que souberam negociar, foram promovidos pelos seus superiores, enquanto que a direção internacional da Ford destituiu todos os dirigentes que não tiveram a capacidade de negociar. Essa história não circulou nunca por aqui. Aqueles caras que representavam a Ford aqui demonstraram total incapacidade, foram desrespeitosos com o governo eleito, incapazes de vislumbrar algo diferente, encontrar alternativas.


CP: Mas e os empregos?

Olívio Dutra: Diante da renúncia fiscal e os investimentos públicos que exigiam, criariam uma merreca de empregos. É emprego direto, indireto, interplanetário…


CP: Como funcionava este tipo de isenção tributária naquela negociação?

Olívio Dutra: Tem uma pressão para que a grande empresa se instale aqui. Tem que renunciar de receber impostos por tanto tempo. Termina aquele tempo, elas vêm para renovar a renúncia.


CP: O senhor ainda acredita ter tomado a decisão correta?

Olívio Dutra: Penso que a nossa decisão de ter seguido aquela postura, com firmeza e com transparência, colocou na prática uma visão republicana. O Estado não é propriedade do governante, dos seus amigos, partidários, e muito menos dos grupos mais influentes e mais poderosos econômica e financeiramente. O Estado tem que ter o controle público efetivo. Daí a ideia do Orçamento Participativo, que avançou bastante, mas não o suficiente. O Estado tem que ser capaz de atender às demandas fundamentais para a qualificação da vida da maioria da população. Tem gente que tem dinheiro e qualidade de vida suficiente até para desprezar o Estado, mas a maioria do povo precisa de um Estado funcionando transparentemente para atender o interesse público, coletivo, não o interesse individual. O Estado está sempre em disputa, nas dimensões federal, estadual e municipal, e essa disputa tem que ser resolvida democraticamente. Não é estreitando o espaço de participação da cidadania que nós vamos ampliar o controle público do Estado. Cada cidadão e cidadã tem que ser sujeito e não objeto da política. Então, o Estado brasileiro está longe ainda de andar sob esse controle efetivamente público. É mais uma cidadela dos interesses dos mais poderosos, dos mais influentes, que se encastelam por dentro dos mecanismos do Estado, nas três dimensões


CP: O senhor sente que modificou essa lógica quando atuou na questão da Ford?

Olívio Dutra: Nós começamos, evidentemente, a semear essa mudança. Porque mostramos que o Estado não dependia dessa empresa ou de qualquer outra grande empresa para progredir. Mostramos que o Estado se desenvolveu de forma mais parelha, desconcentrada e descentralizada. Gerou mais empregos e também aumentou a renda dos trabalhadores. Na administração pública, diminuímos a distância entre os mais altos salários e os mais modestos, reajustando os mais altos pela inflação e os mais baixos um pouco acima. Porém, longe ainda, digamos, de uma estrutura justa.


CP: O senhor sempre acompanhou o processo judicial ou apenas se informava quando havia alguma notícia divulgada na imprensa?

Olívio Dutra: Claro que acompanhava, permanentemente, mesmo quando saímos do governo. Sempre estivemos em cima. Eles foram recorrendo até a última instância. Aliás, tinham que pagar mais de R$ 1 bilhão, na verdade. Mas o atual governo está passando por necessidades, fez esse acordo e, de novo, a multinacional ganhou, mesmo perdendo.


CP: Como o senhor se sentiu ao saber da decisão da Justiça?

Olívio Dutra: Primeiro eu me lembrei do companheiro Zeca Moraes, que foi nosso secretário de Desenvolvimento. Ele faleceu antes do desfecho que nós entendíamos que seria o desfecho. Ele merecia estar presente nessa dimensão da vida. Evidente que vai ficar ainda um bom tempo repercutindo. É uma visão de mundo e nossa visão de mundo não precisa ser necessariamente aceita por outros. Vai ter sempre quem diga: o Olívio mandou a Ford embora, por impertinência, mas…


CP: A Justiça está feita ou ainda há coisas por serem contadas nessa história da Ford com o Estado?

Olívio Dutra: Eu acho que sempre tem o que contar. Tem papéis de figuras, de instituições, clima político, conjunturas. Tem um capítulo interessante aí, de embate político e visão de desenvolvimento.


CP: O senhor já pensou em escrever essa história para deixar registrada, em um livro, por exemplo?

Olívio Dutra: Eu até acho que tenho esse dever, mas eu não me imponho isso. Mas quero que haja respeito à postura republicana e transparente de um governo democraticamente eleito pelo povo gaúcho. Decisão essa que não fez mal ao Rio Grande. Pelo contrário, possibilitou o desenvolvimento desconcentrado, descentralizado, mais parelho.

* Por Luiz Sérgio Dibe