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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Os Melhores Poemas de Fernando Pessoa - 01 - Tabacaria


Pedimos aos leitores e colaboradores — escritores, jornalistas,  professores — que apontassem os poemas mais significativos de Fernando Pessoa. Escritor e poeta, Fernando Pessoa é considerado, ao lado de Luís de Camões, o maior poeta da língua portuguesa e um dos maiores da literatura universal. O crítico literário Harold Bloom afirmou que a obra de Fernando Pessoa é o legado da língua portuguesa ao mundo.

Fernando Pessoa nasceu em Lisboa, em junho de 1888, e morreu em novembro de 1935, na mesma cidade, aos 47 anos, em consequência de uma cirrose hepática. Sua última frase foi escrita na cama do hospital, em inglês, com a data de 29 de Novembro de 1935: ‘I know not what tomorrow will bring’ (Não sei o que o amanhã trará).
Seus poemas mais conhecidos foram assinados pelos heterônimos Álvaro de Campos, Ricardo Reis, Alberto Caeiro, além de um semi-heterônimo, Bernardo Soares, que seria o próprio Pessoa, um ajudante de guarda-livros da cidade de Lisboa e autor do “Livro do Desassossego”, uma das obras fundadoras da ficção portuguesa no século 20. Além de exímio poeta, Fernando Pessoa foi um grande criador de personagens. Mais do que meros pseudônimos, seus heterônimos foram personagens completos, com biografias próprias e estilos literários díspares. Álvaro de Campos, por exemplo, era um engenheiro português com educação inglesa e com forte influência do simbolismo e futurismo. Ricardo Reis era um médico defensor da monarquia e com grande interesse pela cultura latina. Alberto Caeiro, embora com pouca educação formal e uma posição anti-intelectualista (cursou apenas o primário), é considerado um mestre. Com uma linguagem direta e com a naturalidade do discurso oral, é o mais profícuo entre os heterônimos. São seus “O Guardador de Rebanhos”, “O Pastor Amoroso” e os “Poemas Inconjuntos”. Em virtude do tamanho, alguns poemas tiveram apenas trechos publicados. Eis a lista baseada no número de citações obtidas.

Tabacaria


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo.
que ninguém sabe quem é
( E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes
e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.

Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.


Por Carlos Willian Leite
Publicado Em Revista Bula
Ilustração: Rui Pimentel

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

The Killers - Somebody Told Me





Alguém me disse 

Quebrando minhas costas só para saber teu nome 
Dezessete rodadas e já cansei deste jogo 
Estou quebrando minhas costas só para saber teu nome 
Mas o paraíso não está perto em um lugar assim 
Qualquer coisa acontece mas não pisque pois pode me perder 
Porque o paraíso não está perto em um lugar assim
Eu disse que o paraíso não está perto em um lugar assim 
Traga isso de volta, traga isso de volta esta noite 
Nunca pensei que deixaria uma fofoca arruinar meu luar 

Bem, alguém me disse 
Que você teve um namorado 
Que parece com uma namorada 
Que eu tive em fevereiro do ano passado 
Não é confidencial 
Eu tenho potencial 

Pronto? Vamos para algo novo 
Pegando a estrada e estou partindo sem você 
Porque o paraíso não está perto em um lugar assim
Eu disse que o paraíso não está perto em um lugar assim 
Traga isso de volta, traga isso de volta esta noite 
Nunca pensei que deixaria uma fofoca arruinar meu luar 

Bem, alguém me disse 
Que você teve um namorado 
Que parece com uma namorada 
Que eu tive em fevereiro do ano passado 
Não é confidencial 
Eu tenho potencial 

Posicione-se para mim 
Eu disse talvez, baby, por favor 
Mas só não sei agora 
Quando só o que quero fazer é tentar 

Bem, alguém me disse 
Que você teve um namorado 
Que parece com uma namorada 
Que eu tive em fevereiro do ano passado 
Não é confidencial 
Eu tenho potencial

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Borboletas - Mário Quintana




Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, tu vais percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, tu precisas em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que tu amas (ou acha que amas) e que não quer nada contigo, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Tu aprendes a gostar de ti mesmo, a cuidar de ti, e principalmente a gostar de quem gosta de ti. 

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até onde estás. 

No final das contas, tu vais achar não quem tu estavas procurando, mas quem estava procurando por ti!

A Solidão Amiga - Rubem Alves


A noite chegou, o trabalho acabou, é hora de voltar para casa. Lar, doce lar? Mas a casa está escura, a televisão apagada e tudo é silêncio. Ninguém para abrir a porta, ninguém à espera. Você está só. Vem a tristeza da solidão... O que mais você deseja é não estar em solidão...

Mas deixa que eu lhe diga: sua tristeza não vem da solidão. Vem das fantasias que surgem na solidão. Lembro-me de um jovem que amava a solidão: ficar sozinho, ler, ouvir, música... Assim, aos sábados, ele se preparava para uma noite de solidão feliz. Mas bastava que ele se assentasse para que as fantasias surgissem. Cenas. De um lado, amigos em festas felizes, em meio ao falatório, os risos, a cervejinha. Aí a cena se alterava: ele, sozinho naquela sala. Com certeza ninguém estava se lembrando dele. Naquela festa feliz, quem se lembraria dele? E aí a tristeza entrava e ele não mais podia curtir a sua amiga solidão. O remédio era sair, encontrar-se com a turma para encontrar a alegria da festa. Vestia-se, saía, ia para a festa... Mas na festa ele percebia que festas reais não são iguais às festas imaginadas. Era um desencontro, uma impossibilidade de compartilhar as coisas da sua solidão... A noite estava perdida.

Faço-lhe uma sugestão: leia o livro A chama de uma vela, de Bachelard. É um dos livros mais solitários e mais bonitos que jamais li. A chama de uma vela, por oposição às luzes das lâmpadas elétricas, é sempre solitária. A chama de uma vela cria, ao seu redor, um círculo de claridade mansa que se perde nas sombras. Bachelard medita diante da chama solitária de uma vela. Ao seu redor, as sombras e o silêncio. Nenhum falatório bobo ou riso fácil para perturbar a verdade da sua alma. Lendo o livro solitário de Bachelard eu encontrei comunhão. Sempre encontro comunhão quando o leio. As grandes comunhões não acontecem em meio aos risos da festa. Elas acontecem, paradoxalmente, na ausência do outro. Quem ama sabe disso. É precisamente na ausência que a proximidade é maior. Bachelard, ausente: eu o abracei agradecido por ele assim me entender tão bem. Como ele observa, "parece que há em nós cantos sombrios que toleram apenas uma luz bruxoleante. Um coração sensível gosta de valores frágeis". A vela solitária de Bachelard iluminou meus cantos sombrios, fez-me ver os objetos que se escondem quando há mais gente na cena. E ele faz uma pergunta que julgo fundamental e que proponho a você, como motivo de meditação: "Como se comporta a Sua Solidão?" Minha solidão? Há uma solidão que é minha, diferente das solidões dos outros? A solidão se comporta? Se a minha solidão se comporta, ela não é apenas uma realidade bruta e morta. Ela tem vida.

Entre as muitas coisas profundas que Sartre disse, essa é a que mais amo: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare. Leia de novo. E pense. Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão. Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga... Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamo minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? 

Drummond acha que sim: "Por muito tempo achei que a ausência é falta./ E lastimava, ignorante, a falta./ Hoje não a lastimo./ Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim./ E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,/ que rio e danço e invento exclamações alegres,/ porque a ausência, essa ausência assimilada,/ ninguém a rouba mais de mim.!"

Nietzsche também tinha a solidão como sua companheira. Sozinho, doente, tinha enxaquecas terríveis que duravam três dias e o deixavam cego. Ele tirava suas alegrias de longas caminhadas pelas montanhas, da música e de uns poucos livros que ele amava. Eis aí três companheiras maravilhosas! Vejo, frequentemente, pessoas que caminham por razões da saúde. Incapazes de caminhar sozinhas, vão aos pares, aos bandos. E vão falando, falando, sem ver o mundo maravilhoso que as cerca. Falam porque não suportariam caminhar sozinhas. E, por isso mesmo, perdem a maior alegria das caminhadas, que é a alegria de estar em comunhão com a natureza. Elas não vêem as árvores, nem as flores, nem as nuvens e nem sentem o vento. Que troca infeliz! Trocam as vozes do silêncio pelo falatório vulgar. Se estivessem a sós com a natureza, em silêncio, sua solidão tornaria possível que elas ouvissem o que a natureza tem a dizer. O estar juntos não quer dizer comunhão. O estar juntos, frequentemente, é uma forma terrível de solidão, um artifício para evitar o contato conosco mesmos. Sartre chegou ao ponto de dizer que "o inferno é o outro." Sobre isso, quem sabe, conversaremos outro dia... 

Mas, voltando a Nietzsche, eis o que ele escreveu sobre a sua solidão:
"Ó solidão! Solidão, meu lar!... Tua voz - ela me fala com ternura e felicidade!
Não discutimos, não queixamos e muitas vezes caminhamos juntos através de portas abertas.
Pois onde quer que estás, ali as coisas são abertas e luminosas. E até mesmo as horas caminham com pés saltitantes.
Ali as palavras e os tempos/poemas de todo o ser se abrem diante de mim. Ali todo ser deseja transformar-se em palavra, e toda mudança pede para aprender de mim a falar."

E o Vinícius? Você se lembra do seu poema O operário em construção? Vivia o operário em meio a muita gente, trabalhando, falando. E enquanto ele trabalhava e falava ele nada via, nada compreendia. Mas aconteceu que, "certo dia, à mesa, ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção ao constatar assombrado que tudo naquela casa - garrafa, prato, facão - era ele que os fazia, ele, um humilde operário, um operário em construção (...) Ah! Homens de pensamento, não sabereis nunca o quando aquele humilde operário soube naquele momento! Naquela casa vazia que ele mesmo levantara, um mundo novo nascia de que nem sequer suspeitava. O operário emocionado olhou sua própria mão, sua rude mão de operário, e olhando bem para ela teve um segundo a impressão de que não havia no mundo coisa que fosse mais bela. Foi dentro da compreensão desse instante solitário que, tal sua construção, cresceu também o operário. (...) E o operário adquiriu uma nova dimensão: a dimensão da poesia."

Rainer Maria Rilke, um dos poetas mais solitários e densos que conheço, disse o seguinte: "As obras de arte são de uma solidão infinita." É na solidão que elas são geradas. Foi na casa vazia, num momento solitário, que o operário viu o mundo pela primeira vez e se transformou em poeta.

E me lembro também de Cecília Meireles, tão lindamente descrita por Drummond:
"...Não me parecia criatura inquestionavelmente real; e por mais que aferisse os traços positivos de sua presença entre nós, marcada por gestos de cortesia e sociabilidade, restava-me a impressão de que ela não estava onde nós a víamos... Distância, exílio e viagem transpareciam no seu sorriso benevolente? Por onde estaria a verdadeira Cecília..."
Sim, lá estava ela delicadamente entre os outros, participando de um jogo de relações gregárias que a delicadeza a obrigava a jogar. Mas a verdadeira Cecília estava longe, muito longe, num lugar onde ela estava irremediavelmente sozinha."

O primeiro filósofo que li, o dinamarquês Soeren Kiekeggard, um solitário que me faz companhia até hoje, observou que o início da infelicidade humana se encontra na comparação. Experimentei isso em minha própria carne. Foi quando eu, menino caipira de uma cidadezinha do interior de Minas, me mudei para o Rio de Janeiro, que conheci a infelicidade. Comparei-me com eles: cariocas, espertos, bem falantes, ricos. Eu diferente, sotaque ridículo, gaguejando de vergonha, pobre: entre eles eu não passava de um patinho feio que os outros se compraziam em bicar. Nunca fui convidado a ir à casa de qualquer um deles. Nunca convidei nenhum deles a ir à minha casa. Eu não me atreveria. Conheci, então, a solidão. A solidão de ser diferente. E sofri muito. E nem sequer me atrevi a compartilhar com meus pais esse meu sofrimento. Seria inútil. Eles não compreenderiam. E mesmo que compreendessem, eles nada podiam fazer. Assim, tive de sofrer a minha solidão duas vezes sozinho. Mas foi nela que se formou aquele que sou hoje. As caminhadas pelo deserto me fizeram forte. Aprendi a cuidar de mim mesmo. E aprendi a buscar as coisas que, para mim, solitário, faziam sentido. Como, por exemplo, a música clássica, a beleza que torna alegre a minha solidão...

A sua infelicidade com a solidão: não se deriva ela, em parte, das comparações? Você compara a cena de você, só, na casa vazia, com a cena (fantasiada) dos outros, em celebrações cheias de risos... Essa comparação é destrutiva porque nasce da inveja. Sofra a dor real da solidão porque a solidão dói. Dói uma dor da qual pode nascer a beleza. Mas não sofra a dor da comparação. Ela não é verdadeira.

Mas essa conversa não acabou: vou falar depois sobre os companheiros que fazem minha solidão feliz.

Rubem Alves

Publicado em Chiado Magazine - 17 de fevereiro de 2015

Do Mundo de Drummond - Ausência x Falta


"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.!"
Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

20 respostas para aqueles que te mandam emagrecer

Ilustração: Edull
Outro dia, estava no bar com um gatinho (gatinho só por fora, diga-se de passagem) quando ele me perguntou se eu não queria emagrecer.
Não – respondi.
Mas tu não achas que vai se sentir mais bonita? – perguntou o inconveniente.
Não, eu era feia quando era magra. Me sinto mais bonita assim. – afirmei, contando até 10.
Mas se perder uns quilinhos não acha que vai ficar mais saudável? – insistiu.
Não. Eu já sou saudável, faço exames anualmente e minha saúde é nota 10. – falei, já de saco cheio
Mas… – disse, me interrompendo.
Mas nada, eu não quero emagrecer! – gritei.
Na verdade, vira e mexe faço dietas. Mas essas dietas sempre partem de mim, de forma saudável, e por orientação de meus médicos e não de um estranho em uma mesa de bar (ele provavelmente queria me namorar, mas estava com vergonha de assumir a gorda para os amigos). Por isso, logo disse ao galã que não queria emagrecer. Não por cogitar um dia emagrecer alguns ou muitos quilos, mas essa é uma decisão individual, apenas minha e não devia satisfações para ele. Assim como também não devo satisfações dos porquês de querer me manter gorda.

Não saio por aí sugerindo que as pessoas cortem o cabelo, ou parem de fumar, ou que parem de beber, ou comer mais cenoura quando são brancas demais. Todos somos adultos e essas decisões são particulares!
Infelizmente, essas invasões e indiscrições acontecem muito. Quem é gordo sabe que vira e mexe vai ser surpreendido por alguém tentando sugerir alguma dieta. A desculpa é sempre a de que falam pelo nosso bem, como se não fossemos donos de nossas vidas e como se não tivéssemos espelho em casa.
Quem te ama não vai ficar te chamando de gordo ou te mandando fazer dietas sabendo que isso vai te incomodar e te magoar. E um estranho que seja cortês e tenha caráter não vai ser tão deselegante assim com alguém cuja história ele não conhece.
Sempre fui tolerância zero e nunca levei desaforo para casa. Na verdade, acho que não somos obrigados a responder esse tipo de pergunta. Podemos simplesmente calar a boca, virar as costas e ir embora. Mas, queria sugerir uma brincadeira, algumas respostas (meio malcriadinhas hihihihi) possíveis para os inconvenientes que dizem: 
Tu não achas que está gorda e que precisa emagrecer?
  • RESPOSTA 1 – Não.
  • RESPOSTA 2 - Não quero.
  • RESPOSTA 3 - Não, idiota.
  • RESPOSTA 4 - Tô gorda sim, mas isso não é da sua conta.
  • RESPOSTA 5 - Preciso emagrecer, mas não quero.
  • RESPOSTA 6 - Tô gata e saudável assim.
  • RESPOSTA 7 - E tu não achas que precisa tomar conta da sua vida?
  • RESPOSTA 8 – Acho que preciso emagrecer sim. Mas é que fiz uma promessa de só emagrecer no dia em que tu ficares bonito. Ou seja, nunca.
  • RESPOSTA 9 - Não. Quero entrar para o Guiness Book como a gorda mais gata do mundo.
  • RESPOSTA 10 - Não se preocupe, querido. Em 5 meses de dieta atinjo o meu peso ideal. Já tu, coitado, não há dieta no mundo que te faça deixar de ser inconveniente.
  • RESPOSTA 11 - Não vou emagrecer para te agradar, meu bem.
  • RESPOSTA 12 - Tu foste contratado pelo Vigilantes do Peso?
  • RESPOSTA 13 - Não adianta insistir, não vou comprar seu Herbalife.
  • RESPOSTA 14 - Já te sugeri fazer uma plástica? Não, né? Então não venha me sugerir emagrecer.
  • RESPOSTA 15 - O corpo é meu, a vida é minha.
  • RESPOSTA 16 - Onde fizeste curso para ser desagradável?
  • RESPOSTA 17 - Filho, se olha no espelho!
  • RESPOSTA 18 - Nossa, jura? Não percebi que sou gorda.
  • RESPOSTA 19 - Vou tomar uma atitude e vou emagrecer. E quando tu vais tomar no teu %$#&?
  • RESPOSTA 20 - Não, para ficar magro e infeliz como tu? Pois gente feliz de verdade não se incomoda com a vida alheia.
 E tu, o que falas quando te mandam emagrecer?
Por Renata Poskus Vaz
Publicado no  Blog Mulherão · 
O manual de sobrevivência para mulheres acima do peso