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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Bohemian Catsody

Uma paródia da música Bohemian Rhapsody do grupo de rock Queen.



 

A Máquina de Anticítera

Uma descoberta chocante de um naufrágio de 2000 anos: o mecanismo de Anticítera.

O Mecanismo de Anticítera é uma antiga calculadora astronômica de dois mil anos que consiste em trinta engrenagens de bronze precisas e cortadas à mão. A ferramenta avançada foi feita pelos antigos gregos, e os cientistas levaram anos para desvendar o mistério por trás desse dispositivo, que Mike Edmunds, da Universidade de Cardiff, descreveu como mais caro “do que a Mona Lisa”.

A máquina foi descoberta em 1900 por mergulhadores nadando através de um antigo naufrágio perto de Anticítera, uma pequena ilha grega. Usando dados de radiocarbono, os cientistas conseguiram datar este relógio em 65 a.C. Quando se trata de seu valor total, sua natureza histórica o torna quase inestimável. Quem é que pode adivinhar como as civilizações antigas liam os céus?


Cientistas acabam de concluir que um instrumento utilizado para cálculos astronômicos, construído por volta do século 2 a.C., era tão complexo que pode ser considerado precursor dos atuais computadores.

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

ANTIGO PROVÉRBIO CHINÊS

DIZ UM ANTIGO PROVÉRBIO CHINÊS QUE HÁ APENAS DUAS COISAS COM QUE TU DEVES TE PREOCUPAR:


- Se tu estás BEM ou se estás DOENTE;

Se tu estás bem, não há nada com que te preocupar.

Se tu estás doente, há duas coisas com que te preocupar:


- Se tu vais te CURAR ou se vais MORRER;

Se tu vais te curar, não há nada com que te preocupar.

Se tu vais morrer, há duas coisas com que te preocupar:


- Se tu vais para o CÉU ou para o INFERNO;

Se fores para o céu, não há nada com que te preocupar;

Agora, se fores para o inferno, estarás tão ocupado em cumprimentar velhos amigos que nem terás tempo de te preocupar.


ENTÃO, PARA QUE TE PREOCUPAR???

sábado, 20 de novembro de 2021

Músicas Que Tu Sempre Cantou Errado III

Aqui, duas músicas do Kid Abelha e uma interpretação da 

Cássia Eller na música de autoria de Frejat e Cazuza.


Apresentado no Canal Pipocando Música no YouTube 
por Bruno Bock e Zeeba.


sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Os 5 Signos Mais Sexy do Zodíaco

 

Algumas pessoas parecem ter o dom da sensualidade, porque, mesmo sem se esforçar, atraem atenções e têm muito mais facilidade para conseguir o que desejam, porque a sua personalidade e modo de ser causam certa influência em suas companhias a ponto de fazer com que cumpram suas vontades.

Em se tratando de signos do zodíaco, essas pessoas naturalmente sexy costumam se encaixar em cinco deles. Algumas opções parecem óbvias, mas outras podem surpreender.

Você se considera uma pessoa sexy

Então confira na lista abaixo se o seu signo está presente e confirme seus pensamentos!

Os cinco signos mais sexy do zodíaco. Será que o seu está entre eles?

Do quinto ao primeiro lugar, esses são os mais sexy do zodíaco.


#5 Câncer

Cancerianos são pessoas apaixonadas e emocionais, e essa característica se manifesta em todas as áreas de sua vida, não apenas com seus parceiros ou interesses românticos. Eles conseguem dar um ar especial a uma situação até mesmo corriqueira, por isso atraem as pessoas com muita naturalidade.

Podem levar qualquer um ao céu usando apenas suas palavras e seu charme. No entanto, com a mesma intensidade com que impressionam, costumam decepcionar. Sua sensualidade pode fazer com que a outra pessoa viva numa montanha-russa.



#4 Leão

Os leoninos são dominadores, e isso se expressa em todos os seus relacionamentos, especialmente nos românticos. Intensos, eles “irradiam” tanta paixão e poder, que deixam as outras pessoas sonhando em quando terão oportunidade de estar com eles.

Com seu ego bem nutrido, seu poder de sedução não terá limites. Com eles não há meio termo, não sabem viver o morno, é tudo ou nada!


#3 Áries

Se você conhece um ariano, sabe que a sensualidade é uma parte comum de sua vida, ele não precisa se esforçar para atrair a atenção e conquistar pessoas com seus olhares e até mesmo sua forma de falar.

Por outro lado, essas pessoas possuem grande desejo de dominação, e muitas pessoas podem acabar desistindo da atração, porque temem perder o controle da própria vida.



#2 Peixes

Pode ser que você não tenha imaginado que os piscianos estariam nesta lista, mas a verdade é que eles são amantes intensos e capazes de cativar as pessoas ao seu redor.

Quando se trata de relacionamentos íntimos, eles surpreendem ao revelar um lado romântico e real, escondido atrás da aparência do cavalheiro ou da dama ideal. Sua profundidade impressiona e conquista com naturalidade a outra pessoa.



#1 Escorpião

Certamente, não é uma surpresa os escorpianos estarem em primeiro lugar, eles atraem e amam como ninguém. Essas pessoas chamam a atenção mesmo a distância e facilmente conseguem encantar e convencer qualquer pessoa a fazer o que desejam.

A conexão com os escorpianos é intensa e, na maioria das vezes, acontece além do nível físico. Essas pessoas são capazes de nos levar literalmente ao céu e nos fazer desejar que o tempo ao seu lado nunca tenha fim, por isso estão em primeiro lugar.

Cães x Fogos de Artifício

 


Com a aproximação das festas de fim de ano, devemos começar a se preocupar com nossos animais de estimação, muito sensíveis com o estouro dos rojões, fogos de artifício em geral, em face de possuírem uma audição muito aguçada, sensível.

#sqn
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk



segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Músicas Que Tu Sempre Cantou Errado II

 

Caros cantores de chuveiro.

Todo mundo tem aquela musiquinha e canta de um jeito que acaba pagando mico por soltar umas palavrinhas erradas.

Mas saibam que vocês não estão sozinhos nesta, galera, por isso preparem os ouvidos, porque apresentarei as músicas que vocês sempre cantaram errado.

Apresentado no Canal Pipocando Música no YouTube por Bruno Bock e Zeeba.

domingo, 14 de novembro de 2021

Reminiscências (*) 27

Quando tudo começou

Sei que erro às vezes
Valho-me da força bruta das palavras
Ditas quase sempre sem pensar
Atropelando as boas maneiras
Sugerindo não fazer as pazes
Pra depois as mágoas afogar.

Queria os céus em minhas mãos
Perder-me na imensidão infinita
Caminhar pela estrada em vão
Na direção onde ninguém habita
Enfim! Esquecer da razão...
E tudo aquilo que me irrita.

Dizer que queria nunca te conhecer
Que tu me fizestes muito mal
Seria insano fazer
Estou cansando desse recital
Queria apenas poder te esquecer
E isso seria loucura igual.

Mas muitas e muitas vezes me vali
Do uso equivocado das palavras
Pra expressar momentos bons
Que contigo vivi
Não podendo descompensar
O quanto me dediquei a ti.

Mas será que vale a pena?
Sabendo ser o amor traiçoeiro?
Vendo a vida em uma só cena
Transformando tudo em poeira
E fazer sentir muita pena
Ver arder e queimar na fogueira.

Ficar todo tempo de prontidão
Temendo situação obscena
Demonstrava minha lentidão
Em visualizar o problema
Hoje tenho as senhas pra poder te conquistar
E tantos segredos revelados pra poder te alcançar...

Gosto das palavras ditas para amar
Tu como ninguém sabes bem disso
Mesmo quando vinhas me destratar
Pensava: - O amor supera isso...
Mas vejo que contigo não é assim
Não interessa início... nem meio... apenas Sim!!!

Mas a vida já me mostrou antes
Momentos mágicos de verão
Litigantes, errantes e distantes
Mas sempre tive à disposição
Esperando tua vinda ao encontro
Teu encanto é minha mansidão.

Mas tudo tem razão de ser
Me esforço muito em reconquistar
Minha ansiedade de querer te ver
E cada dia ter que esperar
Só o céu pra poder me ajudar
E por mais um milagre torcer.

Mesmo enxugando lágrima
Não solto ao vento qualquer confissão
Apenas liberto a alma
E escancaro meu coração
Esperando com muita calma
As tristes noites que virão.

Nada tenho a desvendar
Ainda que veja agora
O que amanhã chegar
E tendo a sorte de viver sonhando
Resta a esperança de alcançando
Tudo isso poder superar.


(*) Segundo Platão, "lembrança do que a alma contemplou em uma vida anterior, quando, ao lado dos deuses, tinha a visão direta das idéias."

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Happy Birthday, Neil!!!


"Como meu presente, neste meu septuagésimo sexto aniversário, quero compartilhar esta joia de arquivo com vocês. É uma das centenas de músicas, livros e filmes compartilhados com vocês ao longo da minha vida. Desta vez é diferente, mostrando um pouco da profundidade de nosso arquivo.


Mr. Soul é uma das primeiras canções (1-9-67) de NYA - neilyoungarchives.com

Acho que foi a primeira aparição de Buffalo Springfield na TV e estávamos muito entusiasmados por estar lá. O álbum que estamos sincronizando é a primeira versão da música, exatamente como foi originalmente gravada. Esta versão nunca foi lançada pela Buffalo Springfield. Ouça o violão de 12 cordas invertido de Still neste original! Eu amo aquele cara


Os Arquivos estão cheios de coisas assim e nós criamos isso para que meus fãs que amam música possam navegar. De 1963 até os dias atuais, a qualidade de áudio é insuperável neste mundo - digital de alta resolução, streaming para você de NYA.


Neste aniversário ainda estamos preenchendo os arquivos e ainda há muito a acrescentar com certeza, mas você pode pegar a foto. Nós estamos nos divertindo muito! É grátis para você aproveitar por mais algumas semanas e, em seguida, as assinaturas começam. Naquele dia, começamos a preencher todo o resto dos detalhes e peças, muitos dos quais já estão esperando na versão beta, como se já não houvesse o suficiente!
NYA é um documento vivo! Todos os dias escrevo artigos para o nosso jornal - o NYA Times-Contrarian. Escreva uma carta ao editor -me. Junte-se a nós para assistir a filmes, livros, faixas e álbuns não ouvidos e tantas informações que sua cabeça girará. Nós estamos todos juntos nisso.


Parabéns a todos nós.

Feliz aniversário, mamãe e papai. Muito amor,


Neil Young"

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

O AINDA DESCONHECIDO DOSTOIÉVSKI E SEUS 200 ANOS DE NASCIMENTO


Professor João Armando Nicotti (*) analisa alguns contos, não tão populares do escritor russo, cujo bicentenário é lembrado neste mês.

    Mesmo o leitor dostoievskiano corre o risco de ignorar o “ainda desconhecido” Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski aqui apresentado. Claro que, como qualquer especulação, há erro possível, mas listo alguns títulos que, em regra, podem ser desconhecidos ou deixados num segundo plano. Há mais outros tantos, considerando contos iniciais do final do decênio de 1840, como “Romance em nove cartas”, “Polzunkov”, “O ladrão honesto”, “Um coração fraco”, “A mulher de outro e o marido debaixo da cama”, “Uma árvore de natal e um casamento”, “Uma história desagradável” (1882), o folhetim “Sonhos de Petersburgo em verso e prosa” (1871), etc.


    Dostoiévski nasce em Moscou e morre em São Petersburgo segundo o calendário juliano, ou seja, 30 de outubro de 1821 e morre em 28 de janeiro de 1881. Valem como efemérides os anos de 1821 e 1881 para este evento de 2021; 200 anos de seu nascimento (e, apenas enquanto notícia, - 140 de sua morte.


    Quem já não passou pelos títulos “Escritos da casa morta”, “Memórias do subsolo”, “Crime e castigo”, “Um jogador”, “O eterno marido”, “Os demônios” e “Os irmãos Karamazov” e deixou de se emocionar ou protestar com a gama de possibilidades de interpretações psicossociais de um mundo russo do século XIX que, ultrapassando seus próprios limites, atestam a universalidade de comportamento metafísico, moral, religioso, socioeconômico e psicológico?


    Mas vamos ao Dostoiévski possivelmente “ainda desconhecido”.


    “O senhor Prokhartchin” (1846), da produção da primeira fase do autor. Com um ritmo narrativo trancado e com ideias desrticuladas, Siemion Prokhartchin descola-se da realidade como sujeito que se deixa ficar no local que habita atrás de um biombo. Um baú enigmático embaixo de sua cama (que intriga a senhoria Ustínia e os demais inquilinos) e o estranhamento de sua conduta levam seus pares a crerem num infortúnio de vida somado à extravagância e atitudes e aproximação com sujeitos suspeitos. Ironia, conflito e isolamento fortalecem a avareza e o egoísmo de Prokhartchin denunciados pela pretensa pobreza. O social e o psicológico estimulam o medo de um homem que se aniquila pela fantasmagoria da possível extinção de seu local de trabalho – uma repartição pública na Rússia. Não atendendo às expectativas de sociabilidade, Prokhartchin deixa o suspense de sua vida até o final do enredo, o qual se revela ambíguo.


    Em “Niétotchka Niezvânova”, a partir da expressão “Niet (Hel) – Não, em russo, certamente Dostoiévski quis designar pessoas abandonadas, referência biográfica à Niétotchka Niernânova, que se vê de casa em casa depois das mortes da mãe e do padrasto. Assim a própria Niétotchka narra sua vida pregressa até seus 15 anos. Provavelmente, Ana é mulher madura quando escreve suas confissões, tamanho o grau de discernimento ao vivido. A têmpera psicológica de Niétotchka passa, até evoluir positivamente por momentos de “crises nervosas” e “devaneios” sobre sua infância, sua pobreza, a figura enigmática do padrasto violinista, a morte da mãe, a fuga do padrasto, a adoção em casa do príncipe K., o luxo, sua educação, os negaceios com Kátia (ódio e paixão até a separação) e a sua nova estadia em casa de Aleksandra e Piotr. O romance é inacabado e parte de sua publicação ocorre no princípio de 1849, com o autor já preso na Fortaleza de Pedro e Paulo.


    O leitor de Dostoiévski sabe o quanto o autor desenvolve os seus escritos de maturidade, a presença das crianças e o quanto estas sofrem no mundo dos adultos. “Um pequeno herói” é de 1849, com publicação em 1857. O ponto de vista é o de um menino de 11 anos que, no tempo presente, torna-se o adulto de seu próprio mundo vivido no passado. Foi escrito quando o autor estava preso na Fortaleza Pedro e Paulo, sendo o modo que Dostoiévski encontra para suportar a adversidade do momento. Deste modo, há um pequeno grupo que apenas se diverte e que está distante dos problemas sociais da Rússia por investir na própria futilidade, não havendo espaço para mujiques esfomeados, mulheres enlouquecidas pela miséria, epilépticos e, tampouco, estudantes a perambular por ruas sombrias e inumanas para eliminar piolhos sociais. Neste contexto, aparece um garoto que desfruta da apoteose do prazer social a descobrir seu primeiro amor pela casada Madame M*. No final do enredo, vê-se a possibilidade de regeneração do mundo dos homens – ponto importante em futuras obras de Dostoiévski.


    Em “O sonho do titio” (1859), a discussão proposta por Dostoiévski é a tediosa província de Mordássov e seus moradores. Dostoiévski parte de um sonho que não é sonho, pois é colocado na cabeça do Titio (o príncipe K. ou Gavrila) algo como sonho para substituir a realidade tal como se apresenta (o pedido de casamento do príncipe à Zinaída). O Titio não é tio legítimo do sobrinho impostor Pável. A estrutura familiar apoiada na figura do Titio não é o centro da discussão, mas sim, na de dois personagens: Mária e Pável, deixando a figura do próprio Titio em segundo plano, embora destaque-se a sua comicidade.


    Diferente é o título “A aldeia de Stepántchikov e seus habitantes" (1859), pois, nesse texto, a ideia central é, de fato, a família e não a aldeia sugerida. Cada habitante surge de dentro da casa de Iegor, como saindo sem muita pretensão, meio sem querer, até desvendar-se por meio das falas e dos comportamentos estranhos associados a conchavos e à luta por espaços na aldeia – casa de Iegor. O parasitismo, a hipocrisia e o humor formam a trama. O que o leitor espera basicamente não ocorre, pois o social da aldeia é diminuído e o emblemático conflito fica entre quatro paredes. O movimento de atração é a casa e Iegor Rostániev e o movimento é de “fora para dentro”, enquanto que, em “O sonho de Titio”, pode-se imaginar como de “dentro para fora”. Figura impagável de influência e comicidade é a de Fomá Fomitch, agregado de Iegor, personagem admirado pelo escritor argentino Julio Cortázar (1914 – 1984).


    Em “Notas de inverno sobre impressões de verão” (1862/1863), o narrador é um doente, sofre do fígado, sabe que mentirá e vê no espelho sua língua amarela e maligna. Notas está no caderno de notas que o narrador consulta para recuperar sua viagem ao ocidente, durante dois meses e meio, ao visitar Berlim, Dressen, Wiesbaden, Baden-Baden, Colônia, Paris, Londres, Lucerna, Genebra, Gênova, Florença, Milão, Veneza e Viena. Sobre a Europa, tece comentários sobre progresso, socialismo, mulheres, casamento, miséria, mentiras, etc. O que perpassa Notas é o pensamento que o russo não abre mão de sua base moral, por ter noção que esta pode ser delinquida, enquanto que o europeu toma o mal pelo bem. Destaque para “Ensaio sobre o burguês” e suas reflexões sobre o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” e o temor do burguês resumir-se ao fato de ter alcançado tudo e perder tudo, pois quem mais teme é quem mais prospera. Segundo o narrador, somente na Rússia existe esta relação de consciência entre indivíduo e comunidade: só os russos são capazes de fraternidade.


    O enredo de “O crocodilo” (1864) é construído com presteza, pois Dostoiévski acrescenta, ao fantástico, o estranhamento do capitalismo que divide opiniões, causa desconforto e dúvida. O capitalismo é personagem e a metáfora em Carlinhos, o crocodilo, implacável. O que o rege é o “princípio econômico em primeiro lugar” e a “atração de capitais estrangeiros”. Deste modo, o crocodilo valoriza Ivan Matviéitch ao engoli-lo e este sente destacado, pois, paradoxalmente, dentro do animal, há o vazio. Incompleto e desumano, o crocodilo/capitalista é defendido por jornais, ressonância do que ocorre na Rússia pós abolição dos servos em 1861. A arrogância de Ivan é proporcional ao destaque que o crocodilo lhe permite, ou seja, o de pertencer ao sistema capitalista.


    Nessa linha do fantástico, há o conto “Bobók” (1873). Estruturado com o narrador Ivan Ivanovitch e sua relação rápida com retratista, editores, parente morto e grupo de mortos que se fazem escutar quando ele, Ivan, distraído, dormia em cima de sepultura. Em nível dos mortos, há diferentes classes sociais da Rússia do século XIX, predominando, entretanto, a abastada, pois entre os mortos há apenas um verdadeiro. Desta conversa, Ivan serve-se como crítica à classe rica deteriorada moralmente, em situação similar quando do odor do morto; no conto, o fedor é a moral construída em vida. O resto de vida que há nos mortos é apenas a consciência.


    A novela “O sonho de um homem ridículo” (1877) apresenta solilóquio em torno dos pensamentos imaginários do protagonista-narrador-suicida (pois se mata em sonho). Sua relação com outros personagens é de apatia e indiferença até, ao menos à descrição do sonho, quando o narrador vive com homens felizes numa espécie de Idade de Ouro. No fim do relato, retoma-se a descrição e a reflexão fora do sonho, mas com a convicção deste sonho para a construção digna da humanidade. O protagonista deixa a indiferença para crer num estado de transformação dos homens. Sua convicção, após ter visto a Verdade, é a de pregar pelo mundo, apesar da descrença dos homens e de suas relações apoiadas pela razão. O tom profético e religioso torna possível de o homem ter uma vida harmônica e repleta de amor e consideração pelo outro, removendo o egoísmo, o ciúme, a falta de solidariedade e a patifaria e canalhice do conhecimento da racionalidade.


    No ano de comemorações e, decerto, de atualização da obra de Dostoiévski, ainda há muita leitura do conjunto da obra do autor russo a ser preenchida. O ideal, entretanto, é discuti-lo sempre que nossa ansiedade por leituras e traduções novas e inteligentes, como a recente “Crônicas de Petersburgo” (tradução de Fátima Bianchi) estejam capazes de oportunizar a sagaz cidade do texto do autor de “Os demônios” e se deparar com o raciocínio de Kapiton Maksimovitch: “...de um modo geral observei que de dia se perde um pouco a fé”.


Publicado no Caderno de Sábado

do Jornal Correio do Povo

em 6 de novembro de 2021


(*) Professor de Literatura Brasileira. 
Curso de Extensão em Língua Russa pela UFRGS.




domingo, 7 de novembro de 2021

Heart - Stairway to heaven - Traduzido

Imagine tocar esse solo ao vivo no Kennedy Center Honors na frente de Jimmy Page; vendo Plant ficar todo emocionado, vendo o próprio Page sorrindo com aceitação, ou ainda, vendo Obama acenando com a cabeça em aprovação...

É muita emoção e orgulho!!! 

Em 26 de dezembro, o Kennedy Center Honors de 2012 foi ao ar em rede nacional pela primeira vez na CBS. Durante o evento, que aconteceu no Kennedy Center Opera House, Ann Wilson e Nancy Wilson do Heart tocaram "Stairway to Heaven", do Led Zeppelin, com Jason Bonham na bateria.

Jack Black fez a introdução ao segmento Zeppelin, chamando-os de "a melhor banda de todos os tempos". Isso foi seguido por apresentações de clássicos do Zeppelin pelos Foo Fighters, Kid Rock e Lenny Kravitz. Houve uma excelente musicalidade exibida, mas, francamente, foi difícil para qualquer um dos cantores principais realmente chegar perto de combinar o estilo de canto único de Plant.

Mas então Ann e Nancy Wilson subiram ao palco para o final, uma inspiradora versão "desanimadora" de "Stairway to Heaven", com Jason Bonham na bateria. Conforme a música progredia, cantores de apoio, uma seção de cordas e o Coro Juvenil de Joyce Garrett subiram ao palco para ajudar a executar "Stairway to Heaven".

Os membros do coro e Jason Bonham estavam usando chapéus-coco, o que foi uma homenagem ao falecido baterista da banda, John Bonham. Durante a apresentação, o vocalista Robert Plant ficou visivelmente emocionado e, no final da música, ele tinha lágrimas nos olhos.