Alegrando-se por nossa alegria, sofrendo por
nosso sofrimento – assim se faz um amigo
OSCAR WILDE DIZIA que não é difícil encontrar pessoas dispostas
a se compadecer de nossas provações, mas são raras aquelas que se alegram
sinceramente com nossos triunfos. Um amigo assim, segundo o autor de O retrato de Dorian Gray, deve ter uma
natureza muito pura.
Por que é tão difícil compartilhar
os êxitos? Provavelmente porque, nesses momentos, a comparação é inevitável. Em
vez de festejar a boa notícia, o interlocutor pergunta a si mesmo: “Por que não
eu?”
Os verdadeiros amigos assinam um
pacto de nobreza em relação a todos os aspectos do destino humano.
Sobre isso, Voltaire, que viveu um
século antes de Nietzsche, afirmou:
A amizade é um contrato tácito
entre duas pessoas sensíveis e virtuosas. Sensíveis porque um monge ou um
solitário podem ser pessoas de bem e mesmo assim não conhecer a amizade. E
virtuosas porque os malvados só têm cúmplices; os festeiros, companheiros de
farra; os ambiciosos, sócios; os políticos reúnem os partidários ao seu redor;
os vagabundos têm contatos; e os príncipes, cortesãos – mas só as pessoas
virtuosas têm amigos.
Extraído do livro
"Nietzsche para estressados" de Allan Percy.
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