Sobre o poeta
Vinicius de Moraes escreveu Carlos Drummond de Andrade: “Vinicius é o único
poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia
em estado natural. Eu queria ter sido Vinicius de Moraes”.
Vinicius de
Moraes nasceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1913, e morreu na madrugada
de 9 de julho de 1980, aos 67 anos, devido a problemas decorrentes de uma
isquemia cerebral.
Os poemas
selecionados foram publicados nos livros “Cinco Elegias”, “Poemas, Sonetos e
Baladas”, “Novos Poemas”, “Novos Poemas (II)” “Pátria Minha”, Livro de Sonetos”
e “Antologia Poética”.
SONETO DO AMOR
TOTAL
Amo-te tanto, meu amor… não cante
O humano coração com mais verdade…
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
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