Esse poema abaixo, de autoria de Mário Quintana, é muito pouco conhecido/divulgado sob este título. É usual encontrarmos este poema intitulado como O TEMPO.
Ocorre porém, que aquela versão não segue ipsis litteris a versão original do poema.
Logo, em respeito à obra do grande poeta gaúcho, publico aqui o poema original. Talvez por desconhecimento ou por achar essa versão apócrifa mais romântica, muitas pessoas acabam compartilhando desse jeito errado.
Apresento abaixo a versão e título originais e mais adiante a outra amplamente divulgada e muito compartilhada pelas redes sociais.
SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Mário Quintana
(Poema publicado originalmente no livro Esconderijos do Tempo)
O TEMPO
“A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é Natal.
Quando se vê, já terminou o ano.
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, passaram 50 anos.
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu a amo.
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à flta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá, será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.”
Mário Quintana
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