http://www.youtube.com/v/WIYE4jyCH2Y?version=3&autohide=1&showinfo=1&autohide=1&autoplay=1&attribution_tag=IMqEaqVw3v0GQycYM8pnpQ&feature=share
Como disse minha amiga Thalita Fernandes:
Te segura e te põe no teu lugar, coração!
terça-feira, 29 de outubro de 2013
O amor acaba, mas nem sempre termina
Sim, o amor acaba, é do jogo, mas muita gente se avexa, numa azáfama dos diabos, querendo se jogar do abismo ainda a léguas do despenhadeiro.
O amor acaba, mas tem sempre um “chorinho”, como do generoso garçom no nosso uísque.
O mundo anda muito impaciente com as complicações amorosas, como se fosse fácil juntar duas criaturas sob as mesmas telhas da rotina.
É preciso estar preparado(a) para as goteiras, para a hora em que o amor vaza ou pinga no chão da casa e não há balde ou rodo que dê jeito.
No que vos conto, sob a desculpa do encorajamento coletivo, afinal de contas animar a vida besta também é papel de um cronista-fabulista:
E quando imaginávamos que estava tudo acabado, que amor não mais havia, que tinha ido tudo para as cucuias, que o fogo estava morto, que o amor era apenas uma assombração do Recife Antigo.
Quando já dizíamos, a uma só voz, a crônica de Paulo Mendes Campos que repito ao infinitum:
“Às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba…”
Quando já separávamos, olhos marejados, os livros e os discos…
Quando mirávamos, no mesmo instante, a nossa foto feliz no porta-retratos…
Quando não tínhamos nem mais ânimo para as clássicas D.R´s – as mitológicas discussões de relação…
Ave, palavra, até o gato, nervoso, sem saber com quem ficaria, quebrava coisas dentro de casa àquela altura; o papagaio blasfemava, diabo verde!
Estava na cara, naquela fantástica zoologia amorosa: aqueles pombinhos já eram.
O cheiro do fim tomara todos os cômodos, a rua, o quarteirão, o bairro, a cidade, o mundo…
Quando só restava cantar uma música de fossa… “Aquela aliança você pode empenhar ou derreter…”
Quando só restava a impressão de que eu já vou tarde…
Quando só restava Leonardo Cohen no iphone da moça moderna…
Quando eu não era mais o cara, embora insistisse em cantar o “I´m your man” deste mesmo trovador canadense…
Sim, o quadro era triste, não se tratava de hipérbole ou demão de tintas gregas.
De tanta inércia, faltava até força para que houvesse a separação física, faltava força para arrumar as malas, pegar as escovas, contar aos chegados comuns, tomar um porre.
Ah, amigo, quer saber quem bateu o ponto final da história?
Ela, claro, você acha que homem tem coragem para acabar qualquer coisa? Mulher é ponto final; homem ponto e vírgula, reticências, atalhos, barrigas de palavras, verbos e orações.
O estranho é que ela não disse, em nenhum momento, que não gostava mais do pobre mancebo.
Aquilo encucava. Porque um homem, disse o velho Antonio Maria, padrinho sentimental deste cronista, nunca se conforma em separar-se sem ouvir bem direitinho, no mínimo quinhentas vezes, que a mulher não gosta mais dele, por que e por causa de quem etc etc, a longuíssima milonga do adiós.
E nesse clima de fim sem fim as folhinhas outonais do calendário foram despencando sobre a relva fresca do desgosto.
Eu acabara de levantar do amigo sofá, que havia se transformado no meu leito, quando ela passou com uma cara de impaciência e desassossego. Mais que isso: ela estava com vontade de matar gente!
Era a cara que fazia quando estava faminta. Sabe mulher que fica louca quando a fome aperta e a angústia da existência vocifera pelos barulhos do estômago?
Vi aquela cena e caí na gargalhada. A princípio ela estranhou… Mas sacou tudo e danou-se a morrer de rir igualmente. Nos abraçamos e rimos e rimos e rimos e rimos daquilo tudo, rimos da nossa fraqueza em não dar uns nós nos clichês, inclusive o da volta por cima, rimos do nosso silêncio sem sentido, rimos desses casais que se separam logo na primeira crise, rimos da falta de forças para enfrentar os maus bocados, rimos, rimos, rimos.
Rimos da preguiça sentimental da humanidade e nos esbagaçamos de amor no chão da sala mesmo.
E um casal que ainda ri junto tem muita lenha verde para gastar na vida e fazer cuscuz com carneiro e outros banquetes nada platônicos movidos a bagaceiras, alentejanos sagrados e salineiras aguardentes.
Agora ela está deitada, linda, cheirosa, gostosa, psiu!, silêncio, ela dorme enquanto escrevo essa crônica!
Xico Sá é escritor e jornalista, colunista da Folha
Crônica a ser publicada na Folha de São Paulo - 30/10/2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Reminiscências (*) 17
Me senti além do horizonte
Tudo o que queria era viajar contigo
Mas acho que preciso dar um tempo
Entender que não te quero mais... Não!!!
Acreditar que não me querem mais... Sim!!!
Eu só queria um amor de verdade
Eu só queria amar de verdade
Eu só quero a outra metade
Do meu coração que um dia tu roubou
Por favor!!! Quero ele de volta...
Saibas que a delícia de estar contigo
Ainda fazem a minha cabeça
Mas não quero mais ficar
Com os olhos avermelhados.
Vou tentar te esquecer
Antes que eu me esqueça!!!
18.10.13 às 17:30h
Não te assuste!!!
O pior já passou... e saímos ilesos...
Com a alma em pedaços, mas fisicamente ilesos.
Sobrevivi silencioso aos gritos que a tua ausência me fez ouvir.
24.10.13 às 1:35h
Às vezes penso que insisto
Porque não sei desistir
Mas imediatamente sei por que invisto
Pois só de pensar nela começo a sorrir
E é nessa felicidade que eu reconquisto
Esperando que a mesma volte a surgir.
De qualquer tristeza e saudade
Não poderia nunca reclamar
Pois se curti a felicidade
Deveria agradecer com o teu chegar
E que tudo isso foi mesmo verdade
Ainda que não pudesses ficar.
Dormir debruçado sobre a mesa
Acompanhado de um choro silencioso
Mas é só valorizando a tristeza
E aprender a ser paciencioso
Ouvindo algum disco da Bossa
Sofrendo e curtindo uma fossa.
28.10.13 às 20:35h
(*) Segundo Platão, "lembrança do que a alma contemplou em uma vida anterior, quando, ao lado dos deuses, tinha a visão direta das idéias."
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Parabéns Pelas 23 Primaveras Eternas... rs
Oi Linda!
Os dados numéricos e cronológicos abaixo encontram-se desatualizados.
A declaração, não!
Apesar dela não ter mais aplicabilidade pela ausência de receptividade,
ela ainda assim é atual.
Ia escrever que o resto era o resto...
Pouco importa se foi sempre assim que recebestes isto que te escrevi abaixo, desde o primeiro momento que lestes, mas eu não estaria sendo sincero e honesto se assim - indiferente - me comportasse.
Não seria o Ike que sempre te amou...
Escrito em 24 de outubro de 2011 e renovado no ano seguinte.
Como escrevi no texto... NÃO TE ASSUSTE!!!
O pior já passou... e saímos ilesos...
Com a alma em pedaços, mas fisicamente ilesos.
Sobrevivi silencioso aos gritos que a tua ausência me fez ouvir.
Esses dias li um comments teu, que por ser uma publicação em blog, não consegui identificar se era ficção ou realidade; se reclamação ou opinião... enfim!
Dizia o seguinte:
Dizia o seguinte:
"(...)
Como esperar ou precisar ou depender de alguém???
(...)
Ninguém quer saber de nada nem de ninguém!!! Olham o próprio umbigo e só!!!
Ninguém valoriza laços..vínculos..
As pessoas perderam os valores afetivos...
Principalmente os familiares...
Qe triste!!
Qe lixo!!
Qe seja...
Os outros são os outros e só..."
Sim!!! As pessoas estão se perdendo e perdendo os valores afetivos. Mas isso não significa que "ninguém" valoriza laços..vínculos. Digamos... "algumas pessoas", já que "ninguém" mais parece a regra, qdo posso afirmar ser a exceção.
Eu posso estar sendo injusto, mas se lestes esse texto que fiz de coração dirigido à tua pessoa, verás que tuas palavras não teriam razão de ser. Mas como disse antes, não consegui visualizar se tratava-se de ficção ou realidade.
Mas concluo tratar-se da mais absoluta ficção, pois apesar de sempre ter sido apontado como alguém que só olhava para meu próprio umbigo, nunca deixei de externar minhas intenções em querer saber e me preocupar com a pessoa que amei e, tão pouco, deixei de valorizar laços e vínculos!!!
Eu não tinha habilidade para tanto??? Pode ser... bem possível!!! Ou talvez tenha me faltado alguém que estendesse a mão para que a reciprocidade fizesse atingir um vinculo - não digo perfeito, mas saudável...
E concordo contigo... "QE TRISTE!!"
Mas tenha fé, principalmente no dia de hoje, qdo completas 23 primaveras teimosamente eternas... kkkkkkk PARABÉNS, MESMO!!!
Te desejo tudo de bom e sempre te oferecerei o que consta em minha declaração acima, desde que os laços e vínculos sejam sadios, é claro!!!
Ah!!! Curta intensamente o ano que se inicia. Sobreviver a estes 38 anos (aháá, te entreguei), 456 meses, 13.622 dias ou 326.928 horas, é mais do que meio caminho andado... É uma vida bem vivida!!!
Bj no coração!!!
Com afeto, carinho e muito amor!!!
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Reminiscências (*) 16
Nunca mais digo nunca
Nunca é muito tempo
O sempre também é
Vou dar um tempo
Nunca é muito tempo
O sempre também é
Vou dar um tempo
Vou
dar tempo ao tempo
O
tempo engole o vento engole tudo
Os
bons e os maus momentos
Num
gole o temporal
Vou
dar um tempo
Vou
dar tempo ao tempo.
Até o
singular virar plural.
Ike Nicotti
1989
Demorei muito pra entender
Algo escrito em todo lugar
Que eu não precisava te entender
Pois de nada iria adiantar
Dizer que o amor é cego
Me fazia interpretar algo doce
Algo que fortalecesse o apego
Mas infelizmente não! Antes fosse!
A cegueira me fazia “ver”
Acontecimentos que não queria crer
- Não tinha com que me preocupar, ela dizia.
Mas eu vivia uma ilusão e não sabia.
Ike Nicotti
Outubro de 2013
A tal da recaída
Essa maldita
Por que dor tão doída?
Mas é algo que não posso reclamar
Eis que era algo que estava na escrita
No coração de quem não queria amar.
Essa ansiedade que me domina
Impede que eu viva melhor
Mesmo sabendo o que me fascina
Tenho a tristeza como marca maior
Sim! A felicidade há de tornar
Ainda nesse plano... num breve raiar.
Bons, ruins... enfim
Momentos sem fim
Mas nunca eternos
Com emoções, decerto.
Como pular em um abismo
Ou vagar perdido num deserto.
Ouvir a música que me faz lembrá-la
Durante cinco dias consecutivos,
Pensar em fazer as malas
E fugir deste Brasil nativo.
Por que a felicidade é tão exaltada
Se não podemos comprá-la?
Ike Nicotti
15.10.13 às 3:50h
(*) Segundo
Platão, "lembrança do que a alma contemplou em uma vida anterior, quando,
ao lado dos deuses, tinha a visão direta das idéias."
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Quando o Homem Se Declara
"Quando um homem disser para uma mulher que gosta dela, ele realmente gosta, às vezes ele nem gosta, talvez ele já a ame, só não sabe ou quer negar pra si próprio. E tem aquele que diz que gosta e até que adora, mas só quer levá-la pra cama, como a maioria faz. Mas se o que diz que gosta e quer estar contigo... Acredite! Ele verdadeiramente te quer, e só a ti. Muitos somem ao passar dos dias, mas é pra ver se a mulher sente falta e lhe mande ao menos um SMS de saudade, um recado nas redes sociais, uma ligação inesperada. O cara que diz que gosta, às vezes pode estar passando por cima do orgulho que ele tem, dizendo que gosta de ti, e tu achas que ele é mais um como tantos outros que só quer te conquistar por uma noite; mas esse mesmo homem, pode ser o que quer te conquistar todas as noites e ao amanhecer, com um beijo na testa como bom dia. Esse mesmo homem, pode ser o homem da tua vida, aquele que diz que te ama em silêncio por timidez, e também pode gritar para o mundo inteiro, só para mostrar que ele é feliz ao teu lado. Ele também pode ser ríspido ao mostrar isso tudo, mas ele de alguma maneira demonstra, senão tu mulher nem estaria com ele agora. Claro que com o tempo, a gente percebe que o amor não é o mesmo no relacionamento, mas falando de cantadas, esse cara que diz pra ti que te gosta, que te quer, e te espera, não só pode estar falando a verdade dos sentimentos dele, como pode estar te amando, e tu deves acreditar nele, porque tu nunca saberás a verdade dos sentimentos, se não der oportunidades. Não pra ele, mas pra ti mesma. Porque quem nunca errou no amor, ainda vai errar; quem nunca chorou por amor, ainda vai chorar; quem nunca sofreu, vai sofrer, e quem já desistiu, pensa que nunca mais vai encontrar alguém que te faça sorrir como sorriu na primeira vez quando aquele menino do colégio que tu tanto olhava timidamente, olhou pra ti e lhe deu um oi. Então mulher, vai lá, abrace a ideia de gostar de quem gosta de ti, se tu realmente gosta dele. Ele não só pode ser quem tu esperavas, como tu também pode ser quem ele esperava. Gostar também é amar, mas com a cautela do amor não correspondido."
Stéfano Avelino
Adaptação Ike Nicotti
Adaptação Ike Nicotti
sábado, 5 de outubro de 2013
É namoro e/ou amizade?
Sempre que terminar um... não há porque não ser outro...
Sempre que confiei algo a alguém... o fiz por escolha minha...
Sempre que dividi afazeres com quem amei... jamais o fiz forçado...
Sempre que viajei para encontrar alguém... o fiz por decisão própria...
Sempre que namorei alguém... vivi e curti o momento...
Logo não posso reclamar de perda de tempo...
...qdo há manifesto ganho de experiência!!!
Publicado em 20 de maio de 2013.
Tudo isso acima escrevi pouco mais de quatro meses atrás.
E parece que ao escrever...
"Sempre que terminar um... não há porque não ser outro..."
descobri que na prática, não são assim que as coisas acontecem!!!
As atitudes me surpreenderam; mas foi eu que me equivoquei.
Não me perguntem o por quê!!!
NEM EU SEI!!!
Afinal antes de surgir o amor, existiu uma amizade que não deve ter sido algo inexpressivo...
Se chegou a viajar mais de 1000 km sem que tivessem se conhecido antes pessoalmente,
foi pq alguma confiança lhe foi passada. (acho!)
Uma pena!!! Não pensei estivesse pedindo tanto!!!
Como dizem que amor e amizade não devem ser mendigadas...
resta-me apenas lamentar!!!
Um pouco triste...
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Tudo de Novo
No avião, uma passageira ao meu lado soltava gritos histéricos a cada turbulência.
Eu não me perturbei, não fui influenciado pelo seu medo: não me importava se fosse cair ou não.
No estádio, houve princípio de confusão, não corri para a saída. Permaneci tranquilo em meu degrau, não me importava se fosse me machucar ou não.
Se sou assaltado, devo virar os ombros. Se sou ameaçado, devo virar as costas. Não tenho receio das consequências.
Aceito absolutamente os riscos. A morte não me desagrada, a vida não me inquieta.
Não há vontade de me matar, muito menos de acordar.
Após a separação, não sofro de pressa nenhuma para concluir meus trabalhos. Não reclamo dos prazos. Não quero terminar logo uma palestra. Não apresso a porta de casa. Não defino um motivo para sair ou regressar. Um domingo lindo e uma segunda-feira chuvosa não guardam diferença. O altar vazio é igual a uma prateleira.
Não me preocupo com a minha saúde, ou com a aparência.
Na última sexta, dirigi de Porto Alegre até Caxias do Sul. Assim que atravessei o pedágio, voltei. Só precisava ir para longe e não parar nunca.
Pretendo cansar meu sofrimento. Rezo para desmaiar, e pensar menos.
Antes economizava tempo, reduzia as estadas nos hotéis, a duração dos voos, os afazeres, para ficar com ela. Agora o intervalo é inútil e minhas mãos são jornais de ontem.
Estou curiosamente tranquilo. O desespero me tranquiliza. O desespero me torna invencível. A expectativa é nula e, portanto, duradoura.
Voltei a ser humilde, a escutar as canetas, as moedas, os objetos caindo no chão e recolhê-los aos seus donos desajeitados.
A fossa me corrige a postura. Tenho falado baixo, peço licença às cadeiras e desculpa às paredes. Nunca andei tão educado, comedido, respondo imediatamente as ligações maternas.
A fossa devolve a modéstia. Você pode ser arrogante, mas o sofrimento amoroso rompe com a vaidade, fere a estima, sangra seu egoísmo.
Passa a se interessar pelos conselhos de todos, do síndico ao caixa do banco. Passa a andar devagar pelo bairro, enxerga cartomantes nos postes e beijos nos carros parados.
Não existe imunidade. Não tem como se defender da saudade.
O fim do amor é um retrocesso ambicioso. Não vai se valer da cautela. Não vai se apoiar na fama. Não vai fugir do desastre.
Você pode ser um empresário afortunado e rastejar para que alguém volte.
Você pode ser um ator de sucesso e mendigar uma segunda chance.
Você pode ser um engenheiro frio e indiferente e mergulhar numa crise de choro sem precedentes.
O amor é o antídoto da soberba. Maestros retomam o papel de solistas. Professores reiniciam seu percurso como alunos. Senadores se candidatam a vereador.
Aquele que se julgava pronto não tem mais nada fazendo sentido e precisa de tudo de novo.
Tudo de novo. Tudo de novo. Tudo de novo.
Fabrício Carpinejar
Posted by
Nicotti
at
19:42
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Sapos x Príncipes
Por que
príncipes viram sapos
Para
entender por que nos decepcionamos com o ser amado, é preciso conhecer o
processo de namoro: saber o que leva a nos encantarmos sentimentalmente com
alguém.
O que faz
uma pessoa até há pouco tempo desconhecida se tornar tão indispensável para nós
que não imaginamos mais a vida sem ela? Não há como responder integralmente a
esta pergunta, mas algumas conclusões parciais podem ser úteis para cometermos
menos erros.
Em primeiro
lugar, as pessoas se envolvem porque se acham incompletas. Se todos nós nos
sentíssemos “inteiros” em vez de “metades”, não amaríamos, pois o amor é o
sentimento que desenvolvemos por quem nos provoca aquelas sensações de
aconchego e de algo completo que não conseguimos ter sozinhos. A escolha do
parceiro envolve variáveis intrigantes, que vão do desejo de nos sabermos
protegidos à necessidade de sermos úteis ou mesmo explorados.
A aparência
física ocupa um papel importante nesta fase, sobretudo nos homens, que são mais
sensíveis aos estímulos visuais. Muitos registram na memória figuras que os
impressionaram e que servem de base para criar modelos ideais, com os quais
cada mulher é confrontada. Pode ser a cor dos olhos, dos cabelos, o tipo de
seio ou de quadril. São elementos que lembram desde suas mães até uma estrela
de cinema. As mulheres também selecionam indicadores do homem ideal: deve ser
esbelto ou musculoso, executivo ou intelectualizado, voltado para as artes e
assim por diante. Todos esses ingredientes incluem elementos eróticos e se
transformam, na nossa imaginação, em símbolos de parceiros ideais. De repente,
julgamos ter encontrado uma quantidade significativa de tais símbolos naquela
pessoa que passou pela nossa vida. E nos apaixonamos.
A fase de
encantamento, no entanto, se fundamenta não só em aspectos ligados à aparência,
mas também no que há por dentro. No entanto, uma outra situação pode ocorrer:
conversamos com quem nos chamou a atenção e, devido à atração inicial e ao nosso
enorme desejo de amar, tendemos a ver no seu interior as afinidades que sempre
quisemos que existissem naquele que nos arrebata o coração.
Por exemplo:
um rapaz franzino e intelectualizado é visto como emotivo, romântico, delicado,
respeitoso e pouco ciumento. A moça se encanta com ele e espera que ele seja
portador dessas qualidades. A isso chamamos idealização: acreditar que o outro
tem características que lhe atribuímos. Sonhamos com um príncipe encantado – ou
com uma princesa ideal – e projetamos todos os nossos desejos sobre aquela
pessoa. E, quando passamos a conviver com ela, esperamos as reações próprias do
ser que idealizamos.
Mas o que
ocorre? É o indivíduo real que vai reagir e se comportar conforme suas
peculiaridades. E é muito provável que nos decepcionemos – não exatamente por
causa de suas características, mas porque havíamos despejado sobre ele
fantasias de perfeição.
O erro nem
sempre está no parceiro, e sim no fato de termos sonhado com ele mais do que
prestado atenção no que ele realmente é. Eis aí um bom exemplo dos perigos
derivados da sofisticação da mente, capaz de usar a imaginação de uma forma tão
livre que a realidade jamais conseguirá alcançá-la.
By Dr.
Flavio Gikovate.
Publicado em
demodelando.wordpress.com
Publicado em 03/outubro/2012
Posted by
Nicotti
at
19:30
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