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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Reminiscências (*) 28

A NOIVINHA DO ARISTIDES

Estava eu à beira da estrada
Como sempre fazendo nada
Quando de repente, mesmo sendo presidente
E sob as leis e suas égides
Fui injustamente chamado
A NOIVINHA DO ARISTIDES.

O que a mulher disse eu não sei
Mas que história é essa de eu ser gay?
Teria sido pelos tempos de cadete?
Quando eu adorava pegar num cacete?

Afinal, ele era apenas meu instrutor (de judô)
Um cara muito sedutor
E eu queria ser um bom judoca
Mas acabei me tornando esta dondoca
Correndo igual uma gazela
Ah! Amo tocar vuvuzela
Ai minha goela...

Aristides, não ides
Prometo, serei eternamente tua noiva
Pouco importa o que eles dizem
Não vão me deixar com raiva

Deixe que falem sobre nosso passado
Nada fizemos de errado
Eu apenas admito
Mesmo sendo para eles um mito
Confesso tê-los enganado

Mas serei sempre tua fofuxa
E para meu eleitor escornado
Deixo um simples recado:
- Quem mandou bancar o trouxa?
                                            Ike Nicotti


(*) Segundo Platão, "lembrança do que a alma contemplou em uma vida anterior, quando, ao lado dos deuses, tinha a visão direta das ideias”.

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