O ROMPIMENTO E A IMPORTÂNCIA DO DESAPEGO
Sempre que se inicia uma relação, seja ela amorosa, de amizade ou profissional, há um encantamento, uma aura de luz em torno de tudo. Vislumbramos a possibilidade da realização de um sonho e criamos uma expectativa de que tudo dê certo.
O início sempre é muito bom, cheio de sentimentos leves, onde uma aura de luz nos envolve. Parece que a vida ganha um novo significado, que fica mais colorida, que tudo faz mais sentido.
Então começa a fase da “normose”, onde as coisas vão entrando na rotina, se normalizando com o viver diário. Quando estamos no caminho certo, a relação vai se intensificando, ganhando forma e nos mostrando que existe uma real possibilidade de que dê certo. As coisas vão acontecendo naturalmente e o crescimento pessoal e profissional(quando este é o caso), vai acontecendo.
Como tudo que nasce, cresce e vai se desenvolvendo; quando a relação cai em solo fértil, é regada constantemente, recebe o adubo do carinho, da atenção, do cuidado, da aceitação do outro, da compreensão e principalmente do amor, que é a mola mestra de qualquer relação, então a planta(relação) se desenvolve e se torna uma planta viçosa e forte.
Mas, na contramão, quando não estamos no caminho certo, as coisas vão ficando difíceis; pedras, insetos, ervas daninhas e temperaturas extremas, vão aparecendo, nos desfiando e mostrando que não escolhemos um solo adequado, que essa planta talvez não combine com o tipo de solo, clima e que os cuidados não são os adequados para aquele tipo de planta.
Na maioria das vezes, ignoramos os sinais(muito claros) que o universo nos envia. Por teimosia, por orgulho, medo de enfrentar a derrota, ou tantos outros sentimentos que nos movem a seguir adiante, mesmo sentindo em nosso interior que a planta não está se desenvolvendo corretamente, que não está crescendo como deveria, não está forte, nem viçosa, vamos continuando.
Até que um dia, vem uma tempestade e derruba a planta que já estava meio seca, sem vida e fraca. Aí vem a frustração, o sentimento de fracasso, a necessidade de achar um motivo, um culpado(que geralmente achamos ser o outro). Inicialmente não entendemos o porquê de não ter dado certo. Houve o sonho, a intenção forte de sucesso, a ação de ir ao encontro do que queríamos, mas... então por que não deu?
Se pararmos para ouvir nosso coração, a resposta virá. Quase sempre é porque não era a planta correta para nosso tipo de solo, para o adubo que tínhamos a oferecer, que combinasse com nosso tipo de clima e por aí vai. Mas, até nos darmos conta disso... quanto sofrimento desnecessário!
O melhor a fazer nesse momento, é deixar acontecer. Pegar a planta caída, envolvê-la com muito amor e carinho, deixar que o vento a leve ou enterrá-la para que sirva de adubo para uma próxima plantação(absorvendo a lição que isto veio nos trazer) e deixar a vida seguir seu curso.
Deixar ir! Deixar o final acontecer com tranqüilidade! Novos sonhos virão, novos planos, novas metas, novas plantações! O importante é conseguir se desapegar do que já não faz mais sentido e libertar-se de sentimentos de frustração, mágoa e rancor, e, como diz a música: levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima! Há muito que se viver, que aprender e crescer!
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