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sexta-feira, 17 de junho de 2022

Seleção Gaúcha 3 x 3 Seleção Brasileira 1972 - 50 Anos

Não estou entendendo nada. Estou em outro país?”, questionou o atacante Paulo César Caju para Valdomiro durante o amistoso entre a Seleção Gaúcha e a Seleção Brasileira, no Beira-Rio, realizado em 17 de junho de 1972 e que até hoje detém o recorde de público no Beira Rio: mais de 110 mil pessoas, com 106.554 pagantes.

Foi um dos poucos momentos na história de mais de cem anos da rivalidade da Dupla Gre-Nal que as duas torcidas se uniram em torno de uma causa.

Os gaúchos contavam com jogadores apenas da dupla Gre-Nal, entre eles o uruguaio Ancheta, o chileno Figueroa e o argentino Oberti.

Durante a execução do Hino Nacional, uma sonora vaia foi ouvida no Beira-Rio. “Ninguém nunca imaginou em ver aquelas cenas. Todo o estádio torcendo contra o time campeão do mundo apenas dois anos antes. Acho que é o único lugar do mundo onde aquela equipe foi vaiada”, recorda o lateral da Seleção Gaúcha, Valdir Espinosa, hoje com 71 anos. “Até os jogadores da Seleção Brasileira estavam admirados com o que viam no estádio”, destaca.

“Durante a partida, foi engraçada a reação dos jogadores do Brasil”, lembra Valdomiro, que recorda mais da expressão assustada de Paulo César Caju: “Ele a todo momento nos dizia que não estava no Brasil, e que estranhava ver um estádio com cem mil torcedores, cem mil bandeiras gaúchas e nenhuma brasileira”, recorda. Ao fim do jogo, Caju chegou nos microfones e disparou: “Devolvam meu passaporte. Quero voltar para o Brasil”.

Nos 90 minutos, a Seleção Gaúcha esteve sempre na frente. Fez 1 a 0 com Tovar. O Brasil empatou com Jairzinho. Carbone fez 2 a 1 para os gaúchos, mas Paulo César Caju igualou de novo. Aí Claudiomiro marcou o terceiro dos sulistas e Rivellino decretou o empate final. Os gaúchos atuaram com Schneider; Espinosa, Figueroa, Ancheta e Everaldo; Carbone, Tovar e Torino; Valdomiro, Claudiomiro e Oberti (Mazinho). O Brasil jogou com Leão (Sérgio); Zé Maria, Brito, Vantuir e Marco Antônio; Clodoaldo, Piazza e Rivelino; Jairzinho, Leivinha e Paulo César Caju.

E eu estava lá...


Moro Herói???

 "Doutor, hoje sou eu quem está sendo massacrado.

Amanhã será o senhor." (Lula a Moro)


Abaixo um pot-pourri com duas canções (paródias) feitas em especial para o Moro (herói dos patos otários).





segunda-feira, 6 de junho de 2022

BARBOSA - Condenação Eterna

Estamos novamente em ano de Copa do Mundo e, por isso, trago aqui um curta gaúcho dirigido por Jorge Furtado onde ele volta no tempo para retratar uma das maiores injustiças já cometidas a um jogador de futebol, sumariamente condenado pela perda de um título. O grande goleiro da Seleção Brasileira: BARBOSA.

"Que eu tenha como vivente, acho que nunca houve um silêncio maior que aquele que eu vi. Com 200 e tantas mil pessoas  em silêncio. Acho que nem se morresse um presidente não teria tido aquilo. Não digo que o Brasil morreu, mas que passou uma tarde fúnebre, passou! Disso não tenha dúvida. Eu senti na própria carne. Essa é uma realidade: o Brasil silenciou. Silenciou mesmo! Só acordou no dia seguinte com o pesadelo (na derrota da Copa do Mundo de 1950).” Barbosa

Perguntado se acha intimamente que cumpriu 30 anos de pena?

Eu acho que sim! 30, não, porque até hoje eles falam. Então foi mais de 30 (anos). São 44 anos! Eu tenho direito de, pelo menos, dormir tranquilo”Barbosa.