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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Como se desconectar da vida digital em seis passos


Sem Internet, sem TV, sem telefone... Sem problema.

Se você comemora quando a bateria do celular acaba, cheira as páginas dos livros com romantismo e inclusive começa a olhar o micro-ondas com certa ressalva, talvez você precise de um descanso digital e um pouco de prazer na vida tradicional.


A evolução tecnológica está tão implantada na vida cotidiana que permite a substituição de tarefas entediantes por coisas mais simples e mais ágeis. As vantagens da mensagem eletrônica e instantânea, da internet em geral e dos chips instalados em inúmeras ferramentas à nossa volta são inegáveis.

Mas se ao entrar na sua cozinha você se lembra de 2001: Uma odisseia no espaço e anseia recuperar o controle sobre seu entorno, chegou a hora de regressar à vida analógica e prestar uma pequena homenagem a ela. Até que ponto o mundo digital ajuda você e desde quando ele assumiu essa parcela de sua vida em que reinavam a liberdade e o gosto por fazer as pequenas coisas?

1. Leia, viaje com a mente, mas de verdade.

Não deixe ninguém guiar por você. A televisão, o computador e o celular podem oferecer conteúdos emocionantes, mas deixam pouca margem para sua imaginação. Recupere o livro, o quadrinho, convide-se a recriar o que lê, construir ambientes, retratos, vozes e rostos.

Seja seu próprio motorista na viagem. Com certeza você se lembra de um filme baseado em um romance que tinha lido e... não era o mesmo. Sua história sempre foi melhor e a produção ignorou vários detalhes que em sua versão eram mais ricos.

2. Desenhe, escreva, modele.

Seja livre em suas criações. É possível que em alguns momentos você sinta a necessidade de usar as mãos. Claro. Toda essa superfície de pele que nos cobre pode ser uma varinha mágica. Você já tocou a argila e tentou modelar alguma coisa? O cursor é muito limitado. Manche-se, amasse, deixe seus dedos aproveitarem.

Afunde a mão na tinta, aperte um punhado de barro, deixe o giz de cera fluir sozinho. Embora o desenho, como o exercício físico, seja retroalimentado com a prática, não é necessário ser um artista. A magia é se deixar levar, curtir, recriar ideias espontâneas e tocar, tocar coisas, usar cores, organizar palavras manuscritas e encontrar a música que só você sabe. O mouse do computador é um instrumento tão restrito se o comparamos com suas mãos....

3. Corra, dance, caminhe, faça ioga, plante bananeira, suba uma montanha.

Patine, caminhe no parque. Seus pés não merecem menos que suas mãos – e movem o resto do seu corpo. Desfrute deles. Mexa-se e crie seu próprio videogame. Implique-se. A realidade virtual é muito real, mas o real é sempre muito mais autêntico. Fazer a compra via internet pode ser muito prático, mas apertar um abacate para escolher o ponto de maturidade não tem preço.

Utilize a versão on-line para o inevitável, quando o tempo é insuficiente. Aproveite uma caminhada entre as lojas para escolher o produto mais apetitoso, envolva-se nos cheiros da fruta fresca e na conversa alegre com o açougueiro.

"A realidade virtual é muito real, mas o real é sempre muito mais autêntico”.

4. Cozinhe e coma. Pare de fotografar a comida.

Pratique um relacionamento íntimo com os alimentos, mais além de publicá-los. É uma satisfação e energia para seu corpo e mente, e uma forma extra de criatividade. Você realmente se importa com o que os outros comem? Seria interessante analisar o porquê.

Uma refeição saudável e saborosa só pode ser melhorada com o ambiente certo na companhia das pessoas que sempre desejamos por perto. Saboreie, mastigue e prolongue esse momento no tempo. Uma foto nunca irá capturar essa essência.

5. Vigie seu clone digital de perto.

Atenção às redes sociais. Elas são boas para recuperar amizades, para se conectar com elas, para compartilhar momentos. Mas o melhor sempre é usá-las para facilitar esses momentos ao vivo e em cores, relacionar-se pessoalmente, conversar. Apresente seus amigos, saia para jantar, recomende o que você gosta, faça compras em grupo... E perca-se, por favor, andando e dirigindo.

Não é necessário seguir sempre o caminho traçado. Você vai descobrir novos lugares, vai fazer esporte, vai sentir a liberdade. Desligue o GPS do seu celular. Não é necessário que todos saibam onde você está em cada momento. Quando pensamos bem sobre isso, encontramos mais vantagens do que inconvenientes.

6. E se tiver desconectado completamente.

Se sua vida avança rumo ao passado, é provável que você tenha superado o famoso FOMO (Fear Of Missing Out) para sempre. Esse medo da exclusão por estar desatualizado, de modo que devemos nos conectar para não sofrer, terá ido parar em um lugar distante da preocupação cotidiana. Na verdade, a evolução do FOMO é o POMO (Pleasure Of Missing Out). A evolução digital quis recompensar com um nome esse prazer que sentimos ao permanecer deitado no sofá de casa quando você “deveria” estar em um evento social. Ou fazer biscoitos quando “deveria” estar na internet vendo o que e onde seu chefe comeu.

É o triunfo da vida privada, da pantufa e do eu com bolhas na banheira que olha com satisfação o celular desligado. O sucesso dos muffins preparados em família, com o tablet bem guardado na gaveta. É a jardinagem noturna, enquanto seu vizinho vende roupas na internet, o dia na piscina sem celular, não ter conexão no meio do mato.

Quando o homem domina a máquina, e não o contrário, a tecnologia é apenas uma ferramenta a serviço da necessidade. A virtude da revolução digital é sua capacidade de se integrar no cotidiano sem destruir a magia de ser humano.



Publicado no site https://thedailyprosper.com em 13.06.2018

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