Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento
reapresenta um capítulo.
Angústia é um nó
muito apertado bem no meio do sossego.
Preocupação é uma cola
que não deixa o que ainda não aconteceu sair de seu pensamento.
Indecisão é quando
você sabe muito bem o que quer, mas acha que devia querer outra coisa.
Certeza é quando a ideia
cansa de procurar e para.
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que
pode ser que nem exista.
Vergonha é um pano
preto que você quer para se cobrir naquela hora.
Ansiedade é quando
sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final
do sentimento.
Sentimento é a língua
que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Raiva é quando o
cachorro que mora em você mostra os dentes.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Felicidade é um agora
que não tem pressa nenhuma.
Amizade é quando
você não faz questão de você e se empresta pros outros.
Culpa é quando
você cisma que podia ter feito diferente, mas geralmente não podia.
Lucidez é um acesso
de loucura ao contrário.
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está
dormindo e assume o mandato.
Vontade é um desejo
que cisma que você é a casa dele.
Paixão é quando,
apesar da palavra “perigo”, o desejo chega e entra.
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.
Não… Amor é um exagero… Também não… Um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um
destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego???
Talvez
porque não tenha sentido, talvez porque não tenha explicação... Esse negócio de
amor é difícil de explicar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário